Por obras, governo de SE recorre a empr�stimo
Ap�s uma batalha pol�tica que atravessou todo o ano passado, o governo de Sergipe conseguiu um empr�stimo federal de R$ 567 milh�es para investir em obras e renegociar parte de sua d�vida.
Com or�amento apertado e queda nos repasses federais estimada em R$ 500 milh�es em 2013, o endividamento foi a sa�da encontrada pela gest�o Jackson Barreto (PMDB) para tocar obras em 21 munic�pios do Estado.
Interven��es como recupera��o de rodovias, compra de carros para a pol�cia, amplia��o de aeroporto e constru��o de hospital ser�o o cart�o de visita do projeto de reelei��o do peemedebista.
Divulga��o/ASN | ||
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O governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB) |
Eleito vice em 2010, Barreto assumiu o posto em dezembro de 2013, ap�s a morte do governador Marcelo D�da (PT). O peemedebista, por�m, j� ocupava o cargo interinamente desde maio.
No ano passado, o governo conseguiu a aprova��o depois de ter reduzido o valor de financiamento –de R$ 727 milh�es para R$ 567 milh�es. O total ser� pago em 20 anos. Um dos principais cr�ticos da gest�o D�da-Barreto, o senador Eduardo Amorim (PSC) questiona o endividamento.
"Sergipe n�o consegue investir com recursos pr�prios porque prefere gastar com o aparelhamento da m�quina do governo", diz o senador, que j� foi do grupo de apoio ao governo petista no Estado.
Os gastos com pessoal t�m crescido ano a ano desde 2009 e, h� dois anos, ultrapassaram o limite de alerta previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Outro problema s�o as despesas com a previd�ncia, que em 2013 consumiram 7,5% da receita do Estado.
Para o coordenador do Dieese (�rg�o intersindical de estudos econ�micos) em Sergipe, Luiz Moura, o cen�rio na previd�ncia � resultado da falta de planejamento.
"H� anos essa conta vem sendo coberta pelo Tesouro Estadual, o que � grave."
O secret�rio da Casa Civil, Jos� Sobral (PMDB) rebate as cr�ticas e diz que o governo tem sido austero nos gastos.
Ao mesmo tempo em que buscou recursos de fontes externas, o governo tamb�m teve que reduzir gastos com custeio, que consomem 30,7% da receita corrente.
Em dezembro, Barreto anunciou cortes de R$ 80 milh�es no or�amento, reduzindo o n�mero de comissionados e gastos das secretarias.
A tesoura no or�amento tamb�m atingiu o funcionalismo, que, numa situa��o in�dita no governo D�da, n�o teve o sal�rio corrigido nem sequer pela infla��o.
Sobral afirma que o reajuste n�o foi poss�vel porque o governo atingiu o limite prudencial de gastos com o funcionalismo, previsto na LRF: "� uma situa��o que independe da nossa vontade".
Esta reportagem � parte de uma s�rie iniciada em agosto sobre a situa��o financeira dos Estados. Leia os textos anteriores em folha.com/estadodafederacao
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