Gastos com pessoal e custeio freiam investimentos no TO
Governador em quarto mandato, Siqueira Campos (PSDB-TO) gere um Estado com pouca capacidade de investimento e onerado por gastos crescentes de custeio.
Despesas com pessoal chegaram em 2013 ao limite m�ximo, puxadas por leis de reajustes aprovadas por Carlos Gaguim (PMDB, 2009-2010).
J� os investimentos ca�ram 40% nos �ltimos 12 anos e n�o avan�aram na gest�o tucana –subiram 2,7% desde 2011.
M�rcio Vieira/Divulga��o/ATN | ||
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Governador Siqueira Campos (PSDB), � frente, em evento na cidade de Miracema (TO) |
Na mensagem ao Legislativo deste ano, Siqueira diz que recebeu o Estado "endividado" e "sobrecarregado por pol�ticas paternalistas".
O cen�rio dificulta o cumprimento de promessas de campanha: de oito hospitais que se comprometeu a entregar, s� tr�s est�o em obras –todas iniciadas em 2013.
editoria de Arte / Folhapress |
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O governo diz que reduziu sal�rios e cortou servidores tempor�rios para recuperar "credibilidade" e que tem gest�o fiscal respons�vel.
Tamb�m aponta redu��o de repasses federais, como os do FPE (Fundo de Participa��o dos Estados). Segundo o governo, R$ 296 milh�es previstos para 2012 n�o chegaram.
"O FPE � essencial para o Estado, novo e com economia em desenvolvimento; sua redu��o afeta diretamente as finan�as estaduais", diz o secret�rio do Planejamento, Fl�vio Peixoto.
Na educa��o, o governo entregou ou adaptou 50 escolas em tempo integral e celebra avan�os no Enem (Exame Nacional do Ensino M�dio) –a rede estadual subiu de 21� para 17� lugar em 2012.
A oposi��o aponta uma gest�o "estagnada", aqu�m do potencial de crescimento da economia local. Criado em 1988, Tocantins cresceu 7,2% em m�dia de 2002 a 2010, acima do �ndice nacional (4%).
"N�o houve avan�o em praticamente nada", diz o deputado Freire J�nior (PV-TO), apontando papel t�mido da iniciativa privada no Estado.
O ex-governador Gaguim nega ter entregue o Estado ao PSDB em m�s condi��es. Disse que havia dinheiro em caixa e defendeu a "valoriza��o do servidor p�blico".
Aos 85 anos, Siqueira Campos tem evitado falar em reelei��o. Cogita-se que possa apoiar o filho, Eduardo Siqueira Campos, seu secret�rio de Rela��es Institucionais e rec�m-filiado ao PTB.
Para que o filho possa ser candidato, Siqueira teria de renunciar ao cargo seis meses antes da elei��o.
Na oposi��o, s�o cotados nomes como o da senadora K�tia Abreu (PSD), o do presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado, Roberto Pires (PP), e o do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP).
Esta reportagem � parte de uma s�rie iniciada em agosto sobre a situa��o financeira dos Estados.
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