Com d�vida alta, governador de MS encerra 2� gest�o com cortes
Diferentemente de gestores que economizam no in�cio do governo para gastar ao final, Andr� Puccinelli (PMDB) dever� encerrar o ciclo de dois mandatos em Mato Grosso do Sul em ritmo de conten��o de despesas.
O motivo � a d�vida do Estado, que, embora controlada na rela��o com a receita, tem crescimento previsto de 54% de 2011 a 2014. E consome cerca de 15% da arrecada��o mensal m�dia do Estado.
"Vamos manter o n�vel de desenvolvimento segurando o custeio e investimento pr�prio, n�o tem como soltar o freio", afirma o secret�rio da Fazenda, Jader Afonso.
Editoria de arte/Folhapress |
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O aperto vem desde julho de 2012, quando Puccinelli mandou as pastas cortarem 20% nas despesas. Neste ano, j� s�o 1.800 cargos comissionados a menos e restri��es em di�rias, passagens e novas contrata��es.
A gest�o torce pela libera��o de empr�stimos para tentar manter os investimentos. Reclama que um aporte de R$ 714 milh�es do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social), esperado para julho, s� teve 16% repassados.
Apesar das restri��es de caixa, o governo diz que cumpriu a maioria das 15 metas da campanha de 2010, como aumento de incentivos fiscais e asfaltamento de vias.
E afirma que entregar� em 2014 o que classifica como "obra emblem�tica" para Campo Grande, o Aqu�rio do Pantanal, obra de R$ 84 milh�es, projeto do arquiteto Ruy Ohtake e que pretende ser o "maior aqu�rio de �gua doce do mundo".
A oposi��o diz que o governador, que j� comprou briga com ambientalistas ao defender a expans�o da cana-de-a��car no Pantanal, prioriza a infraestrutura em detrimento do social.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT), por exemplo, afirma que Puccinelli n�o valoriza o servidor e s� atinge o gasto m�nimo obrigat�rio em educa��o com ajuda federal.
O secret�rio da Fazenda reconhece "rigor" da gest�o com sal�rios, mas diz que houve aportes para qualifica��o do funcionalismo e que a aposta em infraestrutura gera impactos sociais positivos.
O governo enumera ainda como bandeiras sociais a entrega de 70 mil casas populares e o aux�lio a 100 mil fam�lias em projetos como Vale Renda e Vale Universidade.
CEN�RIOS PARA 2014
A disputa pela sucess�o de Puccinelli caminha para um pleito polarizado entre PMDB e PT, rivais hist�ricos no Estado. Pelo PMDB, o nome mais forte hoje � o do ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho, enquanto o senador Delc�dio do Amaral deve concorrer pelo PT.
Especula-se sobre o papel do PSDB na disputa. A sigla � sondada a fazer alian�a informal com o PT, que deixaria de concorrer ao Senado para dar espa�o ao deputado tucano Reinaldo Azambuja.
Em contrapartida, o PSDB trabalharia pela candidatura de Delc�dio, que reconhece a possibilidade. Os tucanos locais dizem esperar orienta��o da c�pula nacional da sigla.
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