Governo do Esp�rito Santo amplia receitas, mas indicadores do ensino pioram
Em quase tr�s anos de gest�o no Esp�rito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) comandou uma m�quina que fez crescer receita, investimento, d�vida e gastos com pessoal --este �ltimo a n�veis de alerta.
A educa��o, no entanto, uma das principais bandeiras de sua campanha em 2010, apresentou �ndices e resultados negativos. A fatia da receita destinada � �rea no per�odo caiu de 29,7% para 25,3%, beirando o limite m�nimo legal de 25%.
O �ltimo Ideb (�ndice de Desenvolvimento da Educa��o B�sica), de 2011, mostrou que � preciso avan�ar no setor. A nota capixaba (3,6) ficou abaixo da m�dia nacional (3,7), sofreu queda em rela��o a 2009 (quando alcan�ou 3,8) e passou longe da meta estipulada em 5,6.
O secret�rio da Educa��o, Klinger Barbosa, minimizou os n�meros: "� oscila��o natural de or�amento. Nossos investimentos se concentraram no segundo semestre neste ano. At� dezembro voltaremos � m�dia de 28,5%."
Sobre o Ideb, ele diz que a amostragem do exame (que avalia grupos de alunos) pode ter distorcido o resultado.
Alan Marques/Folhapress | ||
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O governador do Esp�rito Santo, Renato Casagrande (PSB), da entrevista no Palacio do Planalto |
Na seguran�a, os n�meros s�o mais animadores. Eleito com o desafio de retirar o ES do posto de segundo Estado mais violento do pa�s, atr�s s� de Alagoas, Casagrande comemora a redu��o de 14% na taxa de homic�dios.
O �ndice atual (41,6), contudo, ainda � muito superior � m�dia nacional mais recente (27,1, dado de 2011).
O governo atribui a queda ao principal programa de governo: o Estado Presente, que concentra investimentos sociais em 30 regi�es mais suscet�veis � criminalidade.
Dificuldades
Para Jos� Edil Benedito, diretor-presidente do instituto estatal Jones dos Santos Neves, o ES tem conseguido superar dificuldades de arrecada��o impostas com a redu��o de incentivos a importa��es e dos royalties do petr�leo, que representam cerca de 20% da receita estadual.
A oposi��o aponta tom eleitoreiro na gest�o. "� um governo lento. Assina ordem de servi�o e vive fazendo propaganda, mas n�o h� transforma��o", afirmou o deputado Eucl�rio Sampaio (PDT).
Casagrande, como toda a classe pol�tica, sofreu os efeitos dos protestos de junho. Segundo governador mais votado em 2010, com 82,3% dos votos, contava com aprova��o de 29% em julho.
E para buscar reelei��o em 2014 o governador ter� ainda que recompor a rela��o com o PT --principal partido aliado e sigla do vice--, abalada pela sa�da do PSB do governo federal e pela poss�vel candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB).
Apesar de Campos ter franqueado neutralidade a Casagrande no pleito presidencial do pr�ximo ano, o PT j� cogita deixar a alian�a em torno da reelei��o estadual.
Al�ado ao cargo em 2010 como representante do grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), Casagrande v� outras rachaduras em sua base. Hartung e o senador Ricardo Ferra�o (PMDB) estudam candidatura.
No campo da oposi��o, os nomes mais competitivos na briga pelo Pal�cio Anchieta dever�o ser o do senador Magno Malta (PR-ES) e o de Guerino Balestrassi, que integrava a gest�o Casagrande mas deixou o governo em abril para se filiar ao PSDB.
Editoria de arte/Folhapress |
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