Ap�s reelei��o tranquila, Wagner enfrenta desgaste na Bahia
Ap�s uma reelei��o tranquila e uma gest�o que seguia sob c�u de brigadeiro, o governador Jaques Wagner (PT-BA) enfrenta a chamada "s�ndrome do segundo mandato", com desgaste pol�tico e dificuldades financeiras.
Se a taxa de aprova��o de Wagner batia 60% em dezembro de 2010, caiu para 28% em julho deste ano, puxada pelo impacto da onda de protestos e de greves conflituosas de professores e PMs.
No front econ�mico, sem os ventos favor�veis do primeiro mandato, o petista apertou o cinto nos gastos: congelou R$ 2 bilh�es do or�amento desde 2011 e reduziu os investimentos neste ano para 1,6% das despesas --ante 6,4% em 2011.
"Optamos por uma gest�o austera porque sab�amos que o d�ficit previdenci�rio iria se acumular", diz o secret�rio da Fazenda, Manoel Vit�rio.
A "bomba-rel�gio" da Previd�ncia, nas palavras do secret�rio, � a principal dor de cabe�a da Fazenda baiana. O rombo cresce a uma taxa m�dia de 25% ao ano --foi de R$ 500 milh�es em 2006 a R$ 2,3 bilh�es previstos para 2014.
Esse d�ficit pressiona a folha de pagamento, e os gastos com pessoal v�m estourando o limite legal ao menos desde 2011 --estavam em 50,7% da receita em abril deste ano, quando o patamar m�ximo � 49%.
CR�TICAS
A oposi��o, que ensaia uma uni�o entre PSDB, PMDB e DEM para enfrentar o PT em 2014, testa o discurso de campanha e busca colar em Wagner o r�tulo de mau gestor.
"Houve incha�o da m�quina e o governo gasta mal", afirma o l�der da oposi��o na Assembleia Legislativa, Elmar Nascimento (DEM).
Na mesma linha vai Pedro Lino, �nico dos sete conselheiros do Tribunal de Contas a votar pela reprova��o das contas de Wagner de 2012. Ele critica o governo por ter gasto 87% do or�amento com custeio, executado apenas 48% em a��es de combate � seca e elevado as despesas de publicidade em 32%. "A receita tem subido [12% em 2012], mas a capacidade de investimento � muito reduzida", disse Lino.
Para S�rgio Furquim, vice-presidente do IAF (Instituto dos Auditores Fiscais) da Bahia, os n�meros da gest�o Wagner s�o "relativamente bons", com d�vida decrescente e obriga��es constitucionais sob controle.
Mas o caixa apertado acaba influenciando a rela��o com o funcionalismo --paralisa��es de professores (115 dias) e de policiais militares (12 dias) em 2012 causaram �nus pol�tico a Wagner.
"Com mais dificuldade de responder a demandas do setor p�blico, o governo optou por endurecer nas negocia��es desde o come�o, e essas greves acabaram tendo repercuss�o muito negativa", afirma o cientista pol�tico Jorge Almeida, da Universidade Federal da Bahia.
Enquanto isso, o PT ainda n�o definiu quem ser� seu candidato � sucess�o de Wagner. Est�o na disputa o senador Walter Pinheiro e os secret�rios Rui Costa (Casa Civil) e Jos� Sergio Gabrielli (Planejamento).
Colaborou NELSON BARROS NETO, de Salvador
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