Minas culpa governo federal por freio nos investimentos
Governador desde abril de 2010, ano em que herdou o posto de A�cio Neves (PSDB) e se reelegeu, o tucano Antonio Anastasia enfrenta dificuldades para cumprir a previs�o de investimentos or�ament�rios de Minas Gerais.
Em 2012 a execu��o dos investimentos da administra��o direta ficou em 46% (R$ 3,1 bilh�es). O �ndice caiu para 13,5% no primeiro semestre deste ano --R$ 1 bilh�o dos R$ 7,9 bilh�es previstos.
Em 2010 e 2011 os percentuais foram de 81% (R$ 3,3 bilh�es) e 73% (R$ 3,3 bilh�es).
Anastasia atribui a situa��o ao peso dos encargos da d�vida com a Uni�o, que consumiram cerca de R$ 6 bilh�es em 2012.
"Voc�s podem imaginar o que significaria para n�s, n�o digo os R$ 6 bilh�es, mas a metade disso para fazer mais investimentos?", disse ele recentemente a empres�rios.
A politiza��o do discurso d�-se ainda na cr�tica ao impacto, no cofre estadual, das desonera��es promovidas pelo Planalto --Anastasia diz ter perdido R$ 1,3 bilh�o de receita com impostos da energia, Fundo de Participa��o dos Estados e Cide.
A reclama��o tamb�m � recorrente nas falas de A�cio, padrinho pol�tico de Anastasia e poss�vel candidato tucano � Presid�ncia em 2014.
Enquanto o PT trabalha o nome do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) para a disputa do governo mineiro em 2014, o PSDB, que completar� 12 anos no poder no Estado, ainda n�o definiu quem apoiar na sucess�o de Anastasia --h� pelo menos quatro postulantes.
Com menos dinheiro para investir, o governador determinou cortes no custeio, com medidas concentradas no ano eleitoral de 2014, como redu��o de secretarias. Tem buscado contornar a falta de receita com empr�stimos.
O subsecret�rio de Planejamento do Estado, Andr� Reis, afirma que a diferen�a entre valor or�ado e executado pode ser alta porque o Tesouro Nacional exige que empr�stimos tomados sejam lan�ados integralmente no ano de origem, mesmo que o recurso seja aplicado em dois ou tr�s anos.
Em 2013, segundo ele, o Estado deve alcan�ar 75% (R$ 6 bilh�es) da previs�o.
Isso, contudo, n�o muda uma situa��o recorrente nas gest�es do PSDB em Minas Gerais: investimentos em sa�de e educa��o abaixo dos limites constitucionais, como apontam relat�rios do Tribunal de Contas do Estado.
Apesar disso, as contas t�m sido aprovadas, j� que o TCE deu prazo at� 2014 para que o governo atinja os �ndices.
Em 2012, para o TCE, Minas aplicou 22,95% em educa��o e 10,58% na sa�de --deveria ser ao menos 25% e 12%.
A oposi��o explora o tema, mas � minoria no Legislativo. Apresentou requerimento neste m�s propondo a rejei��o das contas de 2011 do governo, citando o descumprimento das aplica��es constitucionais e com cr�ticas a julgamentos "pol�ticos" no TCE.
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