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08/07/2010 - 22h51

Toneladas de escombros dificultam albergues no Haiti, 6 meses ap�s terremoto

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DA EFE, EM PORTO PR�NCIPE

Organiza��es humanit�rias que atuam no Haiti desde o terremoto de 12 de janeiro que deixou mais de 300 mil mortos consideram que, seis meses ap�s a trag�dia, um dos principais problemas � liberar espa�os ocupados pelos escombros ou obter terrenos para alojar as mais de 1,2 milh�o de pessoas desabrigadas.

Em entrevista coletiva, o coordenador no Haiti do grupo Shelter Cluster for Haiti Earthquake 2010, Peter Rees, disse nesta quinta-feira que "o problema agora n�o � nem o dinheiro nem os materiais, (mas) tirar os escombros e encontrar terrenos".

"� um trabalho complicado," enfatizou Rees em suas declara��es � imprensa.

A ONU (Organiza��o das Na��es Unidas) e o governo haitiano trabalham em um plano para retirar das ruas de Porto Pr�ncipe 2 milh�es dos 20 milh�es de metros c�bicos de escombros em que se transformaram centenas de edif�cios da cidade com a trag�dia. Esse plano custar� US$ 120 milh�es, segundo as informa��es.

No entanto, os especialistas assinalaram v�rios fatores que dificultam a retirada dos escombros, entre eles, a rela��o das pessoas com seus lugares de moradia, assim como a capacidade material e t�cnica para faz�-lo.

"As pessoas est�o ligadas emotivamente a suas antigas casas e seus escombros", ressaltou Timo Luege, assessor de imprensa da Shelter Cluster for Haiti Earthquake 2010.

Ele explicou que "n�o se pode tirar os escombros privados" sem autoriza��o dos propriet�rios dos lugares, embora a quest�o da propriedade dos terrenos n�o esteja clara.

FALTA DE ESPA�O

Outra dificuldade est� relacionada com a disponibilidade de espa�os para despejar o entulho.

"H� enormes escombros e n�o h� espa�o suficiente" para deposit�-los, ressaltou Luege. Segundo ele, tamb�m n�o h� caminh�es suficientes para realizar tais tarefas.

"O trabalho n�o se pode fazer sempre com ve�culos pesados, que n�o podem se movimentar em popula��o t�o densa" como a vivida em alguns bairros da capital, acrescentou.

Ele deu como exemplo o bairro de Fort National, perto do centro de Porto Pr�ncipe, onde o fen�meno causou muitos danos.

O fato de que a maioria dos desabrigados vivia em casas alugadas no momento do terremoto constitui outro elemento que faz parte do desafio atual.

Giovanni Cassani, coordenador da Organiza��o Internacional para as Migra��es (OIM), expressou estar "preocupado" porque entre 60% e 70% dos desabrigados eram inquilinos.

"Eles n�o t�m capacidade para ter outro alojamento", ressaltou.

Sobre a situa��o dessas pessoas, Cassani disse que "resta muito a fazer" para estabelecer "condi��es de vida decentes" e chegar a "solu��es duradouras".

O principal objetivo agora � "encontrar terrenos p�blicos para alojar pessoas deslocadas", disse.

ALBERGUES

As organiza��es internacionais indicaram que trabalham no estabelecimento de albergues provis�rios que possam resistir � intemp�rie porque as centenas de milhares de pessoas que vivem sob carpas representam, segundo Peter Rees, um "desafio crucial".

Em Porto Pr�ncipe estava previsto construir 125 mil alojamentos provis�rios, mas at� agora s� foram conclu�dos 3.777, embora exista material para construir outros 14.412.

O problema se apresenta mais ou menos na mesma forma nas outras regi�es afetadas pelo terremoto, como Jacmel (sudeste) e Leogane (oeste), onde 90% dos desabrigados viviam em casas alugadas quando ocorreu o tremor.

"As pessoas n�o t�m nada", disse Thomas Carnegie, representante da Cruz Vermelha Canadense, organismo que planeja construir albergues para 15 mil fam�lias nas duas cidades.

 

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