Diretor de campanha eleitoral de Trump se entrega ao FBI
Andrew Harnik/Associated Press | ||
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Paul Manafort deixa sua casa em Alexandria, Virg�nia, ap�s se entregar ao FBI |
Paul Manafort, ex-diretor de campanha que conduziu Donald Trump � Presid�ncia dos EUA, e Rick Gates, que tamb�m integrou sua equipe, se apresentaram � Justi�a nesta segunda (30) ap�s serem indiciados por Robert Mueller, o homem � frente da investiga��o do FBI sobre a interfer�ncia russa nas elei��es de 2016.
As 12 acusa��es que envolvem a dupla, por�m, n�o est�o diretamente ligadas � suspeita de conluio entre a equipe de campanha de Trump e autoridades russas —alvo de Mueller— mas a servi�os prestados nos �ltimos dez anos ao ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovitch, l�der pr�-R�ssia deposto em 2014 , e a seu partido.
Gates e Manafort foram indiciados por lavagem de dinheiro, fraude tribut�ria e conspira��o contra os EUA, o que pode levar a 12 e 15 anos de pris�o, respectivamente.
A R�ssia � pe�a central de outra acusa��o contra o tamb�m ex-assessor da campanha de Trump George Papadopoulos, que se declarou culpado de dar falsos depoimentos a agentes do FBI. O advogado do setor de energia assumiu a culpa no �ltimo dia 5, mas o sigilo do caso s� foi derrubado nesta segunda.
Papadopoulos disse ter mentido num interrogat�rio em janeiro sobre seus contatos com um professor russo que teria "liga��es importantes" com funcion�rios do governo de Vladimir Putin.
Ele afirmara ao FBI que a conversa ocorrera antes de ele se tornar assessor da campanha. Na verdade, por�m, ele se encontrou com o professor dias ap�s se unir � equipe em busca de "sujeira" envolvendo a ent�o candidata democrata, Hillary Clinton.
Segundo os papeis do indiciamento, Papadopoulos foi procurado pelo russo "por seu cargo na campanha".
RELA��ES DELICADAS
Os tr�s indiciamentos marcam uma nova fase das investiga��es de Mueller, que cerca ex-integrantes da campanha eleitoral de Trump.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, tentou minimizar a rela��o do presidente com as acusa��es, dizendo que Papadopoulos era volunt�rio e tinha papel "extremamente limitado" na campanha. "Ele pedia para fazer coisas e era afastado ou n�o recebia resposta", disse. "Qualquer coisa que ele fez � de responsabilidade dele."
No caso de Manafort e Gates, Sanders enfatizou que as acusa��es n�o est�o ligadas � atua��o na campanha.
"Temos dito desde o primeiro dia que n�o h� provas de conluio Trump-R�ssia, e nada nesse indiciamento de hoje muda isso", afirmou.
Mais cedo, o pr�prio Trump tentara afastar o foco da suspeita: "Desculpem, mas isso ocorreu anos atr�s, antes de Paul Manafort ser membro da campanha de Trump. Mas por que a Hillary trapaceira e os democratas n�o s�o o foco?", escreveu em um canal oficial, sem citar Papadopoulos.
A uma ju�za federal nesta segunda, Manafort e Gates negaram as acusa��es.
Eles ficar�o em pris�o domiciliar. A ju�za determinou uma fian�a de US$ 10 milh�es para Manafort e US$ 5 milh�es para Gates, que pagar�o se violarem as determina��es da corte, que checar� diariamente seu paradeiro.
Segundo o indiciamento, os dois agiram como agentes n�o registrados do governo da Ucr�nia, de Yanukovitch, e de seu partido de 2006 a 2015. Manafort teria usado mais de US$ 18 milh�es ilegais para comprar propriedades e servi�os, diz Mueller.
O lobista republicano foi promovido a estrategista-chefe e diretor da campanha em junho e deixou o posto em agosto ap�s vir � tona que recebeu mais de US$ 12 milh�es em remessas ilegais do partido de Yanukovitch.
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