Trump diz que � v�tima da maior 'ca�a �s bruxas' a um pol�tico americano
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (18) que � alvo da "maior ca�a �s bruxas" da hist�ria do pa�s, ap�s a indica��o de um conselheiro especial para investigar a liga��o de membros de sua equipe com a R�ssia durante a campanha eleitoral.
"Esta � a maior ca�a �s bruxas a um pol�tico na hist�ria americana", escreveu o republicano no Twitter. "Com todos os atos ilegais da campanha de Clinton e do governo de Obama, nunca um conselheiro especial foi indicado!"
Kevin Lamarque/Reuters | ||
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Trump em discurso na academia da Guarda Costeira nesta quinta (18) |
A frase foi repetida horas depois em entrevista coletiva ao lado do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na Casa Branca. Na ocasi�o, Trump repetiu que n�o houve contatos com o governo russo —acusado de ter interferido nas elei��es para favorecer o republicano— durante a campanha.
"N�o houve conluio, e todo mundo, inclusive os meus inimigos, disseram que n�o houve conluio", disse, completando que as revela��es e acusa��es contra ele "dividem o pa�s". "Temos um pa�s muito dividido por causa disso e de outras coisas."
Trump ainda respondeu de forma r�spida ao ser questionado se pediu ao ex-diretor do FBI James Comey que encerrasse a investiga��o sobre Michael Flynn, seu conselheiro de Seguran�a Nacional no in�cio do governo: "N�o. N�o. Pr�xima pergunta".
Na �ltima ter�a-feira (16), o "New York Times" revelou que Comey escreveu um memorando no qual descreve o pedido feito por Trump para "deixar para l�" o caso de Flynn. Comey, que estava � frente da investiga��o sobre os poss�veis elos de assessores de Trump com Moscou, foi demitido no �ltimo dia 9.
O governo justificou a decis�o com base em uma carta do vice-secret�rio de Justi�a, Rod Rosenstein, afirmando que o ex-diretor errou ao n�o recomendar, em 2016, o indiciamento da ex-secret�ria de Estado Hillary Clinton pelo uso indevido de e-mails.
Numa sess�o fechada no Senado nesta quinta, no entanto, Rosenstein disse que sabia que Trump planejava demitir Comey antes mesmo de escrever a carta apontando as raz�es para sua sa�da. A informa��o foi revelada por senadores democratas aos jornalistas.
Rosenstein foi o respons�vel por apontar o ex-diretor do FBI Robert Mueller para ser o conselheiro especial na investiga��o sobre R�ssia, ap�s intensa press�o da oposi��o. A decis�o do vice-secret�rio de Justi�a, que n�o precisa do aval da Casa Branca, foi informada a Trump pouco antes de ser anunciada � imprensa, na quarta.
Segundo Rosenstein, nas atuais circunst�ncias, que seriam "�nicas", "o interesse p�blico exige que eu ponha a investiga��o sob a supervis�o de uma autoridade independente".
NOVO DIRETOR
Trump defendeu, nesta quinta, a demiss�o de Comey, repetindo que esperava ter tido o apoio da oposi��o.
"Quando tomei essa decis�o, achei que seria uma decis�o bipartid�ria, se voc� olhar todas as pessoas do lado democrata que diziam coisas terr�veis sobre o diretor Comey", disse.
O presidente afirmou que "em muito breve" anunciar� o novo diretor do FBI (pol�cia federal americana) e que os agentes e funcion�rios do �rg�o ficar�o "muito, muito entusiasmados" com o nome escolhido por ele.
Nesta quinta, a imprensa americana divulgou que o nome mais cotado hoje � o do ex-senador por Connecticut Joseph Lieberman, um democrata que chegou a disputar a elei��o em 2000 como vice na chapa de Al Gore.
Questionado se Lieberman estava entre os finalistas, Trump apenas respondeu que "sim".
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