'Decis�o � rid�cula', diz Trump sobre liminar que anula veto a imigrantes
O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou neste s�bado (4), em uma rede social, a liminar concedida por um juiz federal de Seattle que suspende o decreto anti-imigra��o assinado em 27 de janeiro. "A decis�o deste pseudo juiz, que essencialmente tira do nosso pa�s o cumprimento da lei, � rid�cula e ser� derrubada!."
Horas depois, ele voltou a criticar a decis�o pelas redes sociais. "Para onde nosso pa�s est� indo quando um juiz pode paralisar um veto de viagem do Departamento de Seguran�a Dom�stica e qualquer um, inclusive com m�s inten��es pode entrar nos EUA?"
E concluiu: "Porque o veto foi derrubado por um juiz, muitas pessoas muito ruins e perigosas podem estar entrando aos montes no nosso pa�s. Uma decis�o terr�vel."
Na noite de sexta (3), o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, divulgou um comunicado segundo o qual o governo entraria com um recurso j� neste s�bado (4) contra a decis�o "ultrajante" do juiz James Robart.
Para a oposi��o, o ataque de Trump foi uma falta de respeito ao Judici�rio. "Ele est� minando todo o sistema de governo, n�o s� as decis�es das que discorda", disse o senador democrata Ben Cardin.
O l�der democrata da Comiss�o de Intelig�ncia Dom�stica na C�mara, Adam Schiff, foi mais duro. "Leia a 'pseudo' Constitui��o", disse.
Com a suspens�o do decreto, os cidad�os dos sete pa�ses de maioria mu�ulmana (I�men, Ir�, Iraque, L�bia, S�ria, Som�lia e Sud�o) que estavam impedidos de entrar nos EUA por 90 dias passaram a ser aceitos pelas companhias a�reas no embarque de voos para solo americano.
A Qatar Airlines foi a primeira a voltar a permitir esses passageiros, desde que estejam com vistos v�lidos. Air France, Emirates, Iberia e Lufthansa, entre outras, fizeram o mesmo.
A mudan�a nas regras provocou uma correria a aeroportos na Europa e no Oriente M�dio. No entanto, para algumas pessoas que haviam mudado seus planos devido ao veto, a nova mudan�a nas regras n�o d� garantias suficientes.
Em Dubai, Tariq Laham, 32, e sua noiva polonesa Natalia abandonaram os planos de viajar aos EUA ap�s se casarem, em julho. O casal n�o ir� rever a decis�o. "� muito arriscado, disse Laham, s�rio que trabalha numa empresa de tecnologia em Dubai. "A cada dia voc� acorda e h� uma nova decis�o."
Quem conseguiu embarcar neste s�bado comemorou: "Vamos viajar hoje, estou muito feliz. Finalmente, conseguimos", afirmou o iraquiano Fuad Sharef, que foi impedido de ir a Nova York com a fam�lia na semana passada.
O iemenita Ammar Alnajjar gastou US$ 1.000 para conseguir voltar no s�bado de Istambul para Memphis, onde estuda. Ele afirma ter ficado uma hora sendo interrogado no aeroporto de Nova York e esbravejou contra o presidente: "� um racista que estragou meu futuro."
Apesar das cr�ticas de Trump, que passar� o fim de semana em seu resort de Mar-a-Lago, na Fl�rida, o Departamento de Seguran�a Dom�stica orientou seus funcion�rios, em e-mail interno divulgado na noite de sexta (3), a cumprir a decis�o judicial.
O impasse, por�m, ainda gera confus�o. A Embaixada dos EUA em Bagd� informou que ainda esperava orienta��o do Departamento de Estado para comunicar aos iraquianos se as restri��es estavam realmente suspensas.
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