Calif�rnia autoriza suic�dio assistido para pacientes terminais
Ap�s duas d�cadas de debates, a Calif�rnia aprovou lei que permitir� a pacientes terminais cometerem suic�dio assistido.
A medida autoriza m�dicos a prescreverem drogas letais para pacientes maiores de 18 anos, que estejam conscientes e tenham expectativa de vida de seis meses.
A lei obrigar� que dois m�dicos prescrevam e duas testemunhas presenciem a ingest�o dos medicamentos. O paciente dever� faz�-lo por conta pr�pria.
Quatro Estados americanos j� t�m permiss�es similares. O primeiro a admitir a pr�tica foi o Oregon, em 1997, seguido de Washington, Montana e Vermont. Pa�ses como Holanda, Su��a e B�lgica tamb�m aprovam a pr�tica.
A quest�o, contudo, ainda est� longe de pacificada –uma proposta com o mesmo teor foi rejeitada h� cerca de um m�s no Reino Unido. Quase a metade das 50 unidades federativas nos EUA tem ou teve projetos de lei na mesma linha que ainda n�o lograram avan�ar.
Entidades religiosas se op�em.
'N�O SOU SUICIDA'
Na Calif�rnia, o projeto de lei foi aprovado no Legislativo estadual h� cerca de um m�s e sancionado pelo governador Jerry Brown nesta segunda-feira (5). Mas s� dever� entrar em vigor no ano que vem.
A decis�o foi precedida pela campanha de Brittany Maynard, que, aos 29 anos, diagnosticada com c�ncer de c�rebro, mudou-se para Oregon para cometer suic�dio assistido, em novembro de 2014.
"Eu n�o sou suicida. Eu n�o quero morrer. Mas estou morrendo. E quero morrer segundo meus pr�prios termos", escreveu em artigo para a CNN, menos de um m�s antes.
A decis�o da Calif�rnia reflete a mudan�a de opini�o da popula��o dos EUA. Segundo pesquisa do instituto Gallup de maio de 2015, 68% dos americanos s�o favor�veis a medidas que interrompam a vida de pacientes terminais –em 2013, eram 51%. A parcela contr�ria passou de 45% para 28% no mesmo per�odo.
O governador Jerry Brown, 77, do Partido Democrata e ex-seminarista, afirmou que foi levado a refletir sobre a pr�pria morte ao sancionar o projeto.
"Eu n�o sei o que eu faria se estivesse morrendo, com uma dor excruciante. Tenho certeza, por�m, que seria confortante poder considerar a op��o prevista nesta proposta. N�o negaria esse direito a outros", afirmou.
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