Temer e Meirelles dizem que imprensa apoia integralmente a reforma
O presidente Michel Temer afirmou nesta ter�a-feira (12) que sua proposta de reforma da Previd�ncia conta com o "apoio" de toda a imprensa brasileira, raz�o pela qual n�o haveria melhor ocasi�o para vot�-la.
"N�o h� momento melhor. Os senhores podem perceber que a imprensa toda brasileira, sem exce��o, est� apoiando com editoriais e not�cias. Ent�o, a hora � agora", afirmou Temer em encontro com empres�rios, no Pal�cio do Planalto.
A avalia��o foi repetida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: "Meses atr�s existia atitude reticente, observadora, por parte da m�dia. Hoje, n�o. A m�dia apoia integralmente".
No evento, que foi esvaziado, Temer pediu ao setor produtivo que fa�a um trabalho de convencimento at� quinta-feira (14), quando a C�mara dos Deputados iniciar� a discuss�o da proposta em plen�rio.
"Eu vim pedir aos senhores que liguem a seus deputados, liguem e seus colegas senadores e liguem a quem quer que seja para dizer que os setores produtivos do pa�s querem isso", disse.
Para o encontro, o cerimonial da Presid�ncia da Rep�blica preparou o principal sal�o do Pal�cio do Planalto com fileiras de cadeiras. Com a percep��o de que o p�blico era menor do que o esperado, dezenas de assentos foram retiradas �s pressas antes da entrada do presidente.
Ao todo, cerca de 150 pessoas participaram, boa parte delas ministros e assessores que foram convocados pelo peemedebista para dar peso ao encontro. A assessoria de imprensa n�o divulgou a lista dos empres�rio presentes, o que n�o � comum em encontros presidenciais.
No discurso, Temer disse que o encontro era uma "reuni�o informal", que tinha como objetivo "repor a verdade" sobre a proposta. Ele disse que tem se surpreendido com as "inverdades" ditas sobre a iniciativa.
O presidente disse que � "leg�tima" a preocupa��o eleitoral de parlamentares da base aliada em votar a favor de uma proposta considerada impopular. Ele ressaltou, contudo, que se ela n�o for aprovada agora, ser� tema presente na disputa do ano que vem.
"A hora � agora e � por isso que queremos aprovar neste m�s. Evidentemente que n�o se pode dizer que se n�o aprovar neste ano, � uma derrota, porque n�o ser�. Isso ficar� na pauta o tempo todo. E ficar na pauta significa que n�o haver� candidato que n�o ser� questionado sobre sua posi��o seja em 2018 seja em 2019. Mas queremos que isso aconte�a agora, porque a� tira isso da frente", disse.
Meirelles afirmou que os presentes deveriam tomar cuidado com a percep��o de que, como a economia come�a a melhorar, a reforma n�o precisa mais ser aprovada.
"Uma das coisas que come�a a acontecer, e gostaria de deixar todos sintonizados nisso, � que muitos dizem: de fato h� uma preocupa��o [com a Previd�ncia] porque a economia ia mal, mas agora vai bem", afirmou. "Esse � um erro importante. Toda a melhora ocorreu com a evolu��o da confian�a, com as perspectivas de se fazer a reforma".
O presidente da Anfavea (Associa��o Nacional dos. Fabricantes de Ve�culos Automotores), Antonio Carlos Botelho Megale, defendeu que a reforma seja votada neste m�s.
"Temos apoiado fortemente [a reforma] porque esse � o rumo certo, isso trar� previsibilidade e novos investimentos", afirmou.
No final do evento, Temer abriu perguntas para empres�rios presentes. O �nico a falar foi o diretor-executivo da Abiquim (Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica), Fernando Figueiredo, que criticou a estrat�gia de comunica��o do Pal�cio do Planalto.
Segundo ele, a publicidade da reforma � "ineficiente" e "impessoal". "O slogan �, sinceramente, pior que qualquer um que a ind�stria qu�mica teria feito. Ele � absolutamente impessoal. N�o fala com ningu�m, fala de forma muito aberta. A gente precisa humanizar o di�logo, humanizar o debate", disse.
Mais cedo, em evento tamb�m no Pal�cio do Planalto, Temer havia dito que os candidatos no ano que vem n�o podem ter a ilus�o de que n�o ser�o questionados sobre a reforma previdenci�ria. "Se � assim, melhor resolver logo", disse.
A cerim�nia, de lan�amento de um selo agr�rio que premia empresas que combatem a corrup��o, conseguiu reunir uma plateia mais numerosa do que a reuni�o com os empres�rios a favor da reforma previdenci�ria.
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