D�vida sobre equil�brio das contas p�blicas ganha for�a sem reforma
Sem a reforma da Previd�ncia, considerado o principal pilar do ajuste nas contas do governo, a economia voltar� a piorar.
A mensagem foi deixada por economistas que participaram do jantar no Pal�cio da Alvorada, na quarta-feira (22), que reuniu aliados do presidente Michel Temer.
No �ltimo m�s, incertezas sobre a capacidade do governo de entregar a reforma da Previd�ncia elevaram as taxas de juros de longo prazo. Quanto maior o desajuste nas contas p�blicas, maiores s�o as taxas de juros cobradas para financiar o governo.
O contrato da taxa de juros com vencimento em janeiro de 2023, que um m�s atr�s rodava abaixo de 10% ao ano, voltou aos dois d�gitos nesta semana.
Isso indica que, pouco a pouco, aumenta o ceticismo em rela��o � capacidade do governo em equilibrar suas contas no longo prazo, e isso compromete decis�es de investimento e de consumo, prejudicando a recupera��o da economia.
Em sua apresenta��o no Alvorada, o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secret�rio de pol�tica econ�mica do Minist�rio da Fazenda (2003-05), ressaltou que a melhora da economia no �ltimo ano se deveu �s iniciativas para ajustar as contas do governo, cujo deficit neste ano alcan�ar� R$ 159 bilh�es na proje��o oficial.
Ele destacou principalmente a aprova��o do teto de aumento dos gastos p�blicos.
Isso dar� f�lego para que a economia cres�a at� 3% em 2018. Sem a reforma da Previd�ncia, por�m, "o teto n�o fica de p�", diz Jos� M�rcio Camargo, s�cio da gestora Opus Investimentos e que tamb�m palestrou no Alvorada, o que inviabiliza a corre��o de rota nas contas do governo.
"A trajet�ria de melhora vem de um conjunto de reformas que iniciamos em 2016. Se paramos as reformas, muda a trajet�ria", diz Lisboa.
A previs�o do governo � economizar cerca de R$ 500 bilh�es em dez anos com a vers�o enxuta da reforma da Previd�ncia –apenas para estabilizar a d�vida p�blica, o pa�s precisa de uma economia de R$ 300 bilh�es at� o in�cio da pr�xima d�cada.
Atrasar a mudan�a para o pr�ximo presidente, eleito em 2018, � arriscado, na vis�o de Lisboa. "N�o d� para esperar muito porque sen�o a d�vida sai do controle."
Camargo admite que era menor a presen�a de parlamentares no jantar sobre a reforma da Previd�ncia, quando comparado ao do teto de gastos. "Ainda assim, sai mais otimista com a aprova��o da reforma", afirmou.
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