'New York Times' elimina ombudsman e incentiva demiss�es volunt�rias
Ramin Talaie/AFP | ||
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Fachada da sede do 'New York Times'; jornal eliminou ombudsman e incentivar demiss�es |
O jornal "New York Times" ofereceu pacotes de incentivo a demiss�es volunt�rias para os profissionais da sua reda��o com o objetivo de reduzir o n�mero de editores e exigir mais dos que permanecerem, divulgou a empresa nesta quarta-feira (31).
Em memorando � reda��o, Dean Baquet, editor-executivo, e Joseph Kahn, secret�rio de Reda��o, informaram que o sistema atual de editores de conte�do e editores de estilo –dois grupos separados que t�m tarefas diferentes antes que um texto seja publicado– seriam substitu�dos por um grupo �nico de editores que teriam responsabilidade por todos os aspectos de uma hist�ria. Outro editor "revisar� o texto final antes da publica��o".
"Nosso objetivo � alterar significativamente o balan�o entre editores e rep�rteres no jornal, nos dando mais jornalistas em campo do que jamais tivemos, para o desenvolvimento de trabalhos originais", afirmaram eles no memorando.
Em comunicado separado, Arthur Sulzberger Jr., o publisher do jornal, disse que o "New York Times" eliminaria a posi��o de editor p�blico (ombudsman). Liz Spayd, a ocupante atual do posto, deixar� o jornal na sexta-feira (2).
Os incentivos a demiss�es volunt�rias s�o dirigidos primordialmente a editores, mas rep�rteres e outros funcion�rios da reda��o t�m direito a eles se assim desejarem, segundo o memorando. Baquet e Kahn afirmaram que a economia de custo obtida com a medida permitir� contratar at� cem jornalistas adicionais.
A oferta chega em um momento no qual o "New York Times" est� tentando transformar suas opera��es hist�ricas de m�dia impressa em uma reda��o noticiosa mais digital. Reduzir as camadas editoriais foi uma das recomenda��es prim�rias de um estudo interno divulgado em janeiro, o "Relat�rio 2020", que serve de plano b�sico para a transforma��o.
O "New York Times" pode apelar para demiss�es se n�o houver volunt�rios em n�mero suficiente, afirmaram Baquet e Kahn.
Em maio, a New York Times Co. reportou forte crescimento em sua �rea digital, o que inclui avan�o de 19% na receita com publicidade digital.
Mas esses avan�os n�o bastaram para compensar o decl�nio continuado na publicidade em papel, que afeta todo o setor. A publicidade em m�dia impressa historicamente vem sendo a principal fonte de receita para as editoras de jornais. No trimestre mais recente, o faturamento da New York Times Co. com publicidade em papel caiu em 18%, o que resultou em queda de 7% nas receitas publicit�rias gerais da empresa.
A companhia depende cada vez mais da receita de assinaturas, que disparou durante a campanha para a elei��o presidencial de novembro passado e no in�cio da gest�o do presidente Donald Trump. O "New York Times" obteve crescimento l�quido de 308 mil assinaturas digitais em seu mais recente trimestre, o melhor resultado em sua hist�ria, o que conduziu a 11% de alta na receita com circula��o.
Foi o segundo trimestre consecutivo de crescimento recorde nas assinaturas. O quarto trimestre de 2016 resultou em crescimento l�quido de 276 mil assinaturas digitais, o que � mais que os avan�os de 2013 e 2014 combinados. O "New York Times" conta hoje com 2,2 milh�es de assinaturas exclusivamente digitais.
Ao anunciar a elimina��o do posto de ombudsman, Sulzberger escreveu que "nossos seguidores na m�dia social e nossos leitores na Internet servem, juntos, como uma forma moderna de fiscaliza��o, mais vigilante e mais poderosa do que uma pessoa trabalhando sozinha jamais poderia ser. Nossa responsabilidade � aumentar o poder de todos esses fiscalizadores, e ouvi-los, em lugar de canalizar suas vozes por meio de um �nico posto".
Na ter�a-feira, o "New York Times" anunciou a cria��o da Central do Leitor, cujas fun��es aparentemente se sobrep�em em parte �s de um ombudsman.
Tradu��o de PAULO MIGLIACCI
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