Governo quer usar not�cias positivas da economia para blindar crise pol�tica
O governo quer aproveitar o pacote de not�cias positivas para tentar convencer o mercado de que a economia brasileira est� "blindada" das dificuldades pol�ticas, apesar dos efeitos das investiga��es da Lava Jato que atingem os n�cleos do Planalto e do Congresso.
O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) dir� no encontro ministerial do G20, no fim de semana, na Alemanha, que o Brasil mostrou que tem condi��es de recuperar o crescimento econ�mico e de fazer reformas estruturais, e que n�o foi contaminado pelas revela��es da Lava Jato.
A equipe econ�mica e o Planalto acreditam que os dados do emprego e o sucesso do pacote de concess�es comprovam as previs�es de que o PIB deve chegar ao fim do ano rodando com expans�o de 2,5% a 3%.
A melhora da perspectiva dos ratings dos t�tulos da d�vida brasileira pela Moody's impulsionaram na c�pula do governo a expectativa de que Temer possa encerrar seu governo, em 2018, com a recupera��o do grau de investimento das ag�ncias de risco.
Temer pediu que seus auxiliares aproveitem o momento para turbinar a agenda econ�mica e pegar carona no momento que consideram positivo, enquanto novas revela��es da Lava Jato n�o deteriorarem o ambiente pol�tico.
O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) disse que o resultado dos leil�es dos aeroportos nesta quinta-feira � um sinal de refor�o da credibilidade da pol�tica econ�mica.
Ele afirmou que o governo deve continuar trabalhando para recuperar a economia e disse acreditar que a pauta das revela��es da dela��o da Odebrecht ser� superada em breve.
"Em pouco tempo, saberemos o que foi dito [pelos delatores] e essa quest�o sair� do �mbito pol�tico para o judicial", declarou � Folha. "Eu, especificamente, estou calmo e sereno para responder a tudo nos autos. Essa n�o � mais uma quest�o pol�tica."
O Planalto tamb�m vai refor�ar com sua base aliada os apelos para que a pauta econ�mica no Congresso seja mantida como prioridade.
Investidores j� disseram a integrantes do governo que a dela��o da Odebrecht n�o impactou o mercado porque h� sinais de compromisso com a aprova��o da reforma da Previd�ncia, mas temem que o Congresso fique paralisado ou passe a priorizar outros projetos para retaliar a Lava Jato, como a anistia ao caixa dois, deixando a reforma em segundo plano.
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