Produ��o industrial cresce 2,3% em dezembro, mas cai quase 7% em 2016
A ind�stria brasileira fechou 2016 com queda de 6,6% na produ��o, terceiro ano seguido de perdas diante da fraqueza nos investimentos e da demanda interna frente � recess�o no pa�s.
O resultado � o terceiro pior para um ano na s�rie hist�rica iniciada em 2002, perdendo apenas para 2015, com queda de 8,3% na produ��o, e para 2009, com recuo de 7,1%.
S� em dezembro, a produ��o avan�ou 2,3% sobre o m�s anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 2,1% e o melhor resultado para o m�s desde 2011 (+2,7%). Mas o resultado n�o � suficiente para indicar revers�o no setor.
Produ��o industrial - Varia��o acumulada em cada ano, em %
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (1�) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), na compara��o com dezembro de 2015 houve perda de 0,1%, contra expectativa de queda de queda de 0,9%.
"Mesmo com essa melhora em dezembro, est� longe ainda de representar uma revers�o de tend�ncia. H� quest�es conjunturais que precisam ser resolvidas para se pensar em revers�o de trajet�ria", afirmou o economista do IBGE Andr� Macedo.
O IBGE apontou que o pior desempenho em 2016 veio da categoria Bens de Capital, uma medida de investimento que registrou no ano perdas de 11,1%, pressionada principalmente por bens de capital para equipamentos de transporte e para fins industriais.
Produ��o industrial - Varia��o em %
As perdas foram generalizadas, com a produ��o de Bens Intermedi�rios recuando 6,3% e a de Bens de Consumo com queda de 5,9%.
As maiores influ�ncias negativas no ano passado foram exercidas por ind�strias extrativas (-9,4%), coque, produtos derivados do petr�leo e biocombust�veis (-8,5%) e ve�culos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).
Produ��o Industrial - Desempenho das se��es e atividades industriais em 2016, em %
VE�CULOS
Na compara��o mensal, Bens de Capital foi a �nica categoria a apresentar queda em dezembro, de 3,2%. Sobre novembro o destaque foi a alta de 6,5% na produ��o de Bens de Consumo Dur�veis.
Dos 24 ramos pesquisados, 16 apresentaram alta sobre novembro, com destaque para ve�culos automotores, reboques e carrocerias. O segmento subiu 10,8%, melhor resultado desde junho de 2016 (11,7%).
De acordo com Macedo, o aumento da produ��o de ve�culos automotores que impulsionou o resultado da produ��o em dezembro pode ter sido um movimento de antecipa��o diante da expectativa de alta nos pre�os do a�o.
"Mais parece um movimento de redu��o de custos do que aumento de demanda. Os estoques dos carros e caminh�es continuam um problema n�o totalmente resolvido", explicou ele.
A ind�stria vem sofrendo com dois anos de recess�o, al�m da fraqueza da confian�a de empres�rios que limita investimentos. O desemprego alto tamb�m vem prejudicando a demanda dos consumidores.
"Todas as caracter�sticas negativas de 2016 permanecem. Mercado de trabalho continua com menos ocupados, renda menor, endividamento alto. A melhora por conta da pol�tica monet�ria pode vir no futuro, mas n�o automaticamente", afirmou o economista do IBGE, referindo-se ao ciclo de corte da Selic iniciado pelo Banco Central.
A confian�a da ind�stria iniciou o ano em alta diante da situa��o atual mais otimista e tamb�m com a melhora das expectativas, atingindo o maior n�vel desde maio de 2014 segundo dados da Funda��o Getulio Vargas (FGV).
A pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa dos economistas consultados � de expans�o da produ��o industrial este ano de 1%, chegando a 2,10% em 2018, com proje��o de que o Produto Interno Bruto (PIB) cres�a respectivamente 0,50 e 2,20%.
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