Bolsa avan�a pelo 10� preg�o seguido, apesar de exterior negativo; d�lar sobe
Daniel Marenco - 4.ago.2011/Folhapress | ||
Temores de desacelera��o global e resultados corporativos ruins pressionaram Bolsas |
As preocupa��es em rela��o a uma desacelera��o da economia global voltaram a pesar sobre os mercados, que tamb�m foram pressionados por resultados corporativos ruins e pela queda das commodities. Com o menor apetite dos investidores por risco, o d�lar se fortaleceu globalmente.
A moeda americana subiu ante o real, acompanhando o movimento no exterior, mas reduziu a valoriza��o ao final da sess�o, no caso do d�lar comercial. As cota��es tamb�m foram influenciadas por mais uma a��o do Banco Central no c�mbio.
O Ibovespa, no entanto, resistiu ao cen�rio externo negativo e fechou com ganho. Desta forma, completou dez preg�es seguidos de alta.
As a��es ON do Banco do Brasil subiram 4,85%, com especula��es sobre vendas de ativos. Os pap�is da Petrobras tamb�m terminaram no campo positivo, pelos mesmos motivos, apesar da queda do petr�leo no mercado internacional.
Contribuiu para o bom humor local o fato de o FMI (Fundo Monet�rio Nacional) ter melhorado suas perspectivas para a economia brasileira em 2016 e 2017.
Na revis�o de seu relat�rio "Perspectiva Econ�mica Global", divulgado nesta ter�a-feira, o FMI passou a ver contra��o do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 3,3% em 2016, contra retra��o de 3,8% estimada em abril. Para 2017, a perspectiva � de recupera��o, com crescimento de 0,5%, contra estagna��o projetada anteriormente.
Para a economia global, no entanto, o Fundo cortou sua previs�o de crescimento para os pr�ximos dois anos, citando a incerteza com o brexit, a decis�o do Reino Unido de sair da Uni�o Europeia. A mudan�a incluiu uma redu��o de quase um ponto percentual na previs�o de crescimento do Reino Unido para 2017.
Voltando ao cen�rio dom�stico, os investidores aguardam o an�ncio de medidas de est�mulos econ�micos e de bloqueio de despesas da Uni�o em 2016 pelo presidente interino, Michel Temer.
BOLSA
O principal �ndice da Bolsa paulista fechou em alta de 0,38%, aos 56.698,06 pontos, renovando mais uma vez a pontua��o m�xima em 14 meses. O giro financeiro foi de R$ 7,1 bilh�es.
S�o dez sess�es seguidos de alta do Ibovespa, com um ganho acumulado de 9,37% nesse per�odo. Segundo analistas, a valoriza��o do �ndice embute a perspectiva de melhora da economia brasileira.
As a��es ON do Banco do Brasil tiveram valoriza��o de 4,85%, a R$ 20,93. As a��es da Petrobras tamb�m subiram, apesar do recuo do petr�leo. O papel PN da estatal de petr�leo ganhou 1,99%, a R$ 11,78, e o ON subiu 1,24%, a R$ 13,83.
"Os pap�is do Banco do Brasil e da Petrobras subiram com as expectativas de que essas estatais vender�o ativos", comentou um operador do mercado financeiro.
As a��es ON da JBS lideraram as altas do �ndice, com +6,77%.
Os pap�is da Vale recuaram 2,84%, a R$ 13,68 (PNA), e 4,20%, a R$ 16,84 (ON), com a queda do min�rio de ferro na China e das a��es de mineradoras no exterior.
Com exce��o do Banco do Brasil, outras a��es do setor financeiro recuaram: Ita� Unibanco PN perdeu 0,58%; Bradesco PN, -0,38%; Santander unit, -0,56%; e BM&FBovespa ON, -0,83%.
C�MBIO E JUROS
O d�lar � vista fechou em alta de 0,64%, a R$ 3,2717. O d�lar comercial, que fecha mais tarde, ganhou 0,27%, para R$ 3,2590, ap�s ter atingido a m�xima de R$ 3,2870 durante o preg�o.
Al�m do cen�rio externo negativo, o c�mbio foi influenciado pelo leil�o de 10.000 contratos de swap cambial reverso realizado nesta manh� pelo Banco Central, no montante de US$ 500 milh�es. Assim, a autoridade monet�ria reduziu seu estoque de swap cambial tradicional, que corresponde � venda futura da moeda americana, para US$ 56,635 bilh�es.
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 recuou de 13,880% para 13,865%; o contrato de DI para janeiro de 2021 subiu de 11,950% para 11,990%, influenciado pela alta do d�lar.
Os investidores aguardam a conclus�o da reuni�o do Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) do Banco Central, nesta quarta-feira (20). As estimativas s�o de manuten��o da taxa b�sica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, mas o comunicado a ser divulgado ap�s o encontro pode dar pistas sobre os pr�ximos passos do Copom.
O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, esp�cie de seguro contra calote e indicador de percep��o de risco, ca�a 0,59%, aos 289,413 pontos. � o menor patamar desde 30 de julho do ano passado (287,139 pontos).
EXTERIOR
Na Bolsa de Nova York, o �ndice S&P 500 perdeu 0,14%, e o Dow Jones subiu 0,14%. O �ndice Nasdaq recuou 0,38%.
As a��es da Netflix recuaram 13%, ap�s o balan�o do segundo trimestre ter mostrado aumento da base de assinantes aqu�m do esperado, pressionado o S&P 500 e o Nasdaq.
Na Europa, a queda das a��es de mineradoras puxaram os �ndices para baixo. A Bolsa de Londres terminou o preg�o em alta de 0,03%; Paris, -0,63%; Frankfurt, -0,81%; Madri, -0,46%. e Mil�o, -0,53%.
Na �sia, as Bolsas chinesas recuaram com temores de que a recupera��o no setor imobili�rio esteja perdendo for�a, ampliando as incertezas sobre a economia chinesa. O �ndice CSI300, que re�ne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,42%, enquanto o �ndice de Xangai teve queda de 0,24%.
A maioria dos mercados no restante da �sia tamb�m caiu, mas o �ndice japon�s Nikkei fechou em alta de 1,37%, na volta do feriado local desta segunda-feira (18)
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