D�lar fecha em leve queda, mesmo com a��o do BC e exterior; Bolsa sobe
Zanone Fraissat - 03.set.2015/Folhapress | ||
Depois de um preg�o vol�til, o d�lar comercial fechou em leve baixa nesta sexta-feira (15), no patamar de R$ 3,25. O movimento ocorreu mesmo ap�s mais um a��o do Banco Central no c�mbio e da valoriza��o da moeda americana no exterior.
O Ibovespa operou em queda durante boa parte da sess�o, acompanhando o cen�rio externo, mas acabou terminando em leve alta. Foi o oitavo preg�o consecutivo de ganhos.
Os investidores digeriram os dados de varejo e de produ��o industrial dos Estados Unidos acima do esperado em junho. Os n�meros elevaram as especula��es sobre o momento de eleva��o dos juros americanos e, com isso, o d�lar ganhou for�a for�a globalmente.
No entanto, analistas consideram que os dados n�o s�o suficientes para apressar a alta dos juros nos Estados Unidos, uma vez que a infla��o no pa�s se mant�m comportada.
Os mercados tamb�m reagiram ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China do segundo trimestre ligeiramente melhor que o esperado.
Al�m disso, o atentado em Nice, na Fran�a, que matou mais de 80 pessoas, pressionou as Bolsas europeias.
No campo dom�stico, os investidores continuaram a repercutir positivamente a elei��o de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presid�ncia da C�mara dos Deputados. Segundo analistas, com o novo presidente da Casa, o governo do presidente interino Michel Temer n�o dever� enfrentar dificuldades para aprovar as reformas econ�micas.
C�MBIO E JUROS
O d�lar comercial fechou em baixa de 0,15%, a R$ 3,2550. Na semana, caiu 1,24%.
O d�lar � vista, que encerra a sess�o mais cedo, subiu 1,23%, a R$ 3,2712. Na semana, recuou 0,51%.
O BC leiloou pela manh� 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes � compra futura de d�lares, no montante de US$ 500 milh�es.
Com este leil�o, a autoridade monet�ria reduziu seu estoque de swap cambial tradicional (correspondente � venda futura da moeda americana) para US$ 57,635 bilh�es.
"O d�lar subiu mais cedo frente ao real com a maior avers�o ao risco por causa do atentado na Fran�a e dos dados fortes da economia americana, mas, com o fluxo para o pa�s, acabou cedendo", avalia Reginaldo Galhardo, gerente de c�mbio da Treviso Corretora.
"Com o quadro pol�tico mais ameno e os juros altos, o Brasil continua sendo um mercado atrativo para investidores", acrescenta Galhardo.
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu 13,860% para 13,875%; o contrato de DI para janeiro de 2021 caiu de 11,980% para 11,970%.
O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, esp�cie de seguro contra calote e indicador de percep��o de risco, subia 0,57%, aos 294,555 pontos, depois de recuar nas cinco sess�es anteriores.
BOLSA
O principal �ndice da Bolsa paulista fechou em alta de 0,18%, aos 55.578,24 pontos, renovando a pontua��o m�xima em 14 meses. O giro financeiro foi de R$ 6,854 bilh�es. Na semana, o �ndice subiu 4,59%.
Segundo operadores, o vencimento de op��es sobre a��es, nesta segunda-feira (18), influenciou os neg�cios nesta sexta-feira.
As a��es PNB na Cesp fecharam em alta de 18,81%, a R$ 15,09. O secret�rio da Fazenda do Estado de S�o Paulo, Renato Villela, afirmou nesta sexta-feira, durante evento com investidores, que o governo estadual analisar� a possibilidade de privatizar a estatal paulista de energia.
As a��es da PN Petrobras subiram 0,82%, a R$ 11,02, e as ON ca�ram 0,75%, a R$ 13,22, apesar da alta do petr�leo no mercado internacional
.
O papel PNA da Vale perderam 0,57%, a R$ 13,74, enquanto o ON ca�ram 0,05%, a R$ 17,34.
No setor financeiro, Ita� Unibanco PN recuou 0,32%; Bradesco PN, est�vel; Banco do Brasil ON, +1,31%; Santander unit, -0,46%; e BM&FBovespa, +1,41%.
EXTERIOR
Dados de varejo e de produ��o industrial acima das expectativas indicaram acelera��o da economia americana, fazendo com que o d�lar se valorizasse frente � maior parte das moedas nesta sess�o.
O Departamento do Com�rcio informou que as vendas no varejo subiram 0,6% no m�s passado ap�s um ganho de 0,2% em maio. Foi o terceiro m�s seguido de ganhos e levou as vendas a uma alta de 2,7% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Economistas consultados pela Reuters esperavam ganho de 0,1%.
Em um relat�rio separado, o Fed disse que a produ��o industrial aumentou 0,6% no m�s passado, revertendo a queda de 0,3% de maio. Economistas ouvidos pela Bloomberg esperavam alta de 0,3%.
Na Bolsa de Nova York, o �ndice S&P 500 caiu 0,09%; o Dow Jones subiu 0,05%; e o Nasdaq, -0,09%, com os investidores realizando os ganhos recentes.
A maior parte das Bolsas europeias recuou com a tens�o causada pelo atentado em Nice, ocorrido nesta quinta-feira. A Bolsa de Londres subiu 0,22%, mas Paris perdeu 0,30%; Frankfurt, -0,01%; Madri, -0,25%; e Mil�o, -0,29%.
Na China, tanto o �ndice CSI300, que re�ne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, quanto o �ndice de Xangai tiveram varia��o negativa de 0,01%.
Dados melhores do que o esperado da economia chinesa no segundo trimestre esfriaram as apostas de mais est�mulos monet�rios.
O PIB da China cresceu 6,7% no segundo trimestre deste ano na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, resultado ligeiramente superior aos 6,6% esperados pelos analistas e dentro da meta do governo para o ano todo, que varia 6,5% a 7%.
No restante do continente os mercados subiram. Em T�quio, o �ndice Nikkei avan�ou 0,68%, com os investidores ainda � espera de medidas de est�mulo pelo banco central do Jap�o.
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