Padarias oferecem menus de inverno para aumentar clientela
Danilo Verpa/Folhapress | ||
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Vanessa Vignati, s�cia da padaria Santo P�o, em S�o Paulo |
As temperaturas caem e as sopas come�am a aparecer nos card�pios das padarias paulistanas. J� � tradi��o. "As pessoas pedem por sopa", diz Vanessa Vignati, 33, s�cia da Santo P�o, no Jardim Paulista, zona oeste de S�o Paulo.
O estabelecimento espera a chegada do clima mais ameno para incluir cremes quentes na carta. "Nem todo ano os sabores s�o os mesmos", diz a empreendedora.
Desde maio, os consumidores podem escolher entre tr�s variedades: cebola francesa com torrada de gruy�re, creme de ervilha com peda�os de queijo branco e sopa de ab�bora com especiarias.
Cada uma sai por R$ 26 e � acompanhada de p�es artesanais. Na primeira quinzena de junho, a padaria, que fatura cerca de R$ 300 mil por m�s, vendeu 450 sopas.
Na Julice Boulang�re, com sede em Pinheiros e uma filial no shopping Villa Lobos (ambas na zona oeste), as sopas entraram no card�pio h� cerca de um m�s. "Se n�o tiver algo quentinho para comer, o cliente vai procurar em outro lugar", diz Julice Vaz, 46, dona da padaria.
Por enquanto, a unidade de Pinheiros serve 40 pratos por semana. A quantidade deve aumentar � medida que o boca a boca espalha a novidade. "Em julho esperamos vender o triplo", afirma.
O volume deve representar 10% do faturamento no auge da temporada de inverno.
A cada semana h� novos sabores no card�pio. "Para n�o ficar enjoativo e o cliente ter motivo para voltar", diz a empreendedora.
Neste ano, j� foram oferecidas sopa de tomate com bacon, de lentilha e de ab�bora com gengibre, entre outras.
As sopas n�o s�o a �nica modifica��o no card�pio da Julice. No frio, j� que se come menos salada, s� h� uma op��o na carta. No ver�o s�o cinco. "O cliente � quem dita o que oferecemos."
VANGUARDA
Pioneira em servir sopas, a Dona De�la pecebeu a oportunidade no fim dos anos 90, ap�s a Ceagesp parar de servir a tradicional sopa de cebola -o servi�o foi interrompido na d�cada de 80 e retomado em 2009.
A primeira loja da padaria na capital (hoje s�o seis) foi instalada no Alto da Lapa, pr�ximo � Ceagesp. "A loja funcionava 24 horas e tivemos a ideia de reativar a sopa de cebola", diz Flavio Gomes, 60, diretor da padaria.
Em 2001, o local passou a servir o buf�, que existe at� hoje. "Uma �nica op��o seria pouco, ent�o veio a ideia."
Ao pre�o de R$ 37,90 por pessoa, o buf� tem seis sabores, que variam conforme os dias da semana. Os �nicos sempre presentes no balc�o s�o o caldo verde e a canja.
Al�m dos cremes quentes, o buf� inclui p�es, tortas, quiches, massas, queijos e frios.
Gomes n�o revela o faturamento da rede, mas diz que os 20 mil buf�s de sopas vendidos por m�s chegam a representar 3% do total.
Por serem concorrentes diretas dos restaurantes, padarias que mudam o card�pio conforme a demanda tra�am uma estrat�gia interessante, diz Ana Vecchi, diretora da consultoria Vecchi Ancona.
"Conhecer a clientela e saber o que agrada � fundamental para qualquer com�rcio de alimenta��o", diz.
Para isso, � importante que o dono ou um funcion�rio de confian�a analise o hist�rico de vendas e relacione com fatores como clima e hor�rios de consumo.
Assim d� para saber, por exemplo, se � interessante oferecer sopa tamb�m no almo�o ou apenas no jantar. "O inverno do ano passado n�o foi t�o rigoroso quanto este, ent�o talvez n�o ofere�a uma base de compara��o t�o fiel", alerta.
Segundo ela, � fundamental ir analisando a aceita��o das mudan�as. "Lucra mais quem compra certo, vende certo e faz as reposi��es no tempo adequado."
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