D�lar avan�a a R$ 3,48 com exterior e discurso de Ilan; Bolsa sobe
Rafael Neddermeyer/Fotos P�blicas | ||
Novo presidente do BC n�o deixou claro se haver� ou n�o novos leil�es de compra futura de d�lar |
O cen�rio externo negativo, com temores de sa�da do Reino Unido da Uni�o Europeia e cautela antes das reuni�es de pol�tica monet�ria nos EUA e no Jap�o, derrubou as Bolsas mundiais e os pre�os do petr�leo nesta segunda-feira (13).
No mercado dom�stico, o d�lar subiu mais de 1% ante o real, mas a Bolsa tamb�m encerrou a sess�o em alta. Os juros futuros fecharam perto da estabilidade, enquanto o CDS (credit default swap) brasileiro, indicador de percep��o de risco, avan�ou.
O d�lar comercial fechou em alta de 1,63%, a R$ 3,4870. A moeda americana intensificou a alta ap�s o discurso do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, durante cerim�nia de transmiss�o do cargo nesta tarde.
Em seu discurso, Ilan afirmou que "sem ferir o regime de c�mbio flutuante, o Banco Central poder� utilizar com parcim�nia as ferramentas cambiais de que disp�e. Nesse sentido, poder� reduzir sua exposi��o cambial em determinado instrumento em ritmo compat�vel com o normal funcionamento do mercado, quando e se estiverem presentes as adequadas condi��es".
Na avalia��o de Cleber Alessie, operador de c�mbio da corretora H.Commcor, Ilan n�o deixou claro como ser� a diminui��o da posi��o vendida em d�lar do BC, o que contribuiu para a valoriza��o da moeda neste preg�o. O estoque de swap cambial (equivalente � venda futura da moeda americana) da autoridade monet�ria est� em cerca de US$ 62 bilh�es.
"O novo presidente do BC deixou no ar como ser� a redu��o da posi��o vendida, ficando aberta a possibilidade de volta dos leil�es de swap cambial reverso", afirma Alessie.
Desde 18 de maio o BC n�o faz leil�es de swap cambial reverso, equivalente � compra futura de d�lares pela autoridade monet�ria.
"O BC pode simplesmente deixar vencerem os contratos de swap cambial tradicional, mas isso s� saberemos a partir de setembro, quando ocorrem os pr�ximos vencimentos. O estoque referente aos vencimentos de julho e agosto j� est� zerado", explica o profissional.
A moeda americana � vista encerrou a sess�o com valoriza��o de 1,02%, a R$ 3,4611, antes do discurso do novo presidente do BC.
JUROS
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 fechou est�vel em 13,705%, enquanto o contrato de DI para janeiro de 2021 teve leve alta de 12,580% para 12,590%.
A pesquisa semanal Focus, do Banco Central, realizada junto a economistas e institui��es financeiras, voltou a reduzir a previs�o de queda da atividade econ�mica neste ano e a elevar a proje��o para a infla��o, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira.
Os economistas consultados pelo BC tamb�m elevaram a proje��o para a Selic no fim deste ano. A proje��o passou de 12,88% para 13%. Para 2017, foi mantida em 11,25%.
O novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira que seu objetivo ser� perseguir uma infla��o baixa e est�vel para garantir a recupera��o da economia. Afirmou, no entanto, que a efic�cia da pol�tica monet�ria depender� da aprova��o das medidas na �rea fiscal propostas pelo governo.
O CDS brasileiro, esp�cie de seguro contra calote, subia 3,04%, aos 353,187 pontos.
BOLSA
O principal �ndice da Bolsa paulista fechou com ganho de 0,48%, aos 49.660,79 pontos, apesar do cen�rio externo negativo. O giro financeiro foi baixo, de R$ 4,5 bilh�es.
Para um operador do mercado financeiro, o Ibovespa j� sofre influ�ncia do vencimento de op��es sobre o �ndice, nesta quarta-feira (15), por isso se descolou das demais Bolsas mundiais. Nos preg�es que antecedem o vencimento de op��es, investidores que apostam na alta ("comprados") ou na queda ("vendidos") do �ndice "brigam" para prevalecerem suas posi��es.
As a��es PN da Petrobras perderam 1,82%, a R$ 8,62, e as ON ca�ram 1,90%, a R$ 10,82, influenciadas pela queda do petr�leo no mercado internacional.
Os pap�is da Vale ganharam 1,76%, a R$ 12,11 (PNA) e 1,67%, a R$ 15,20 (ON), com o avan�o do min�rio de ferro na China.
No setor financeiro, Ita� Unibanco PN ganhou 0,44%; Bradesco PN, +1,66%; Banco do Brasil ON, +0,84%; Santander unit, +1,58%; e BM&FBovespa ON, -1,42%.
As a��es ordin�rias da Ultrapar avan�aram 4,91%, a R$ 69,19, liderando o ranking de maiores altas do Ibovespa. A distribuidora de combust�veis Ipiranga, controlada pela Ultrapar, anunciou a compra, por R$ 2,168 bilh�es, da concorrente Ale, quarta maior empresa do setor.
EXTERIOR
Na Bolsa de Nova York, o �ndice S&P 500 encerrou o preg�o em queda de 0,81%; o Dow Jones, -0,74% e o Nasdaq, -0,94%.
Os investidores aguardam o resultado das reuni�es de pol�tica monet�ria do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), nesta quarta-feira (15), e do BoJ (banco central japon�s) nesta quinta (16).
Segundo analistas, o maior atentado a tiros nos EUA, que matou pelo menos pessoas em uma boate gay em Orlando, contribuiu para o mau humor nos mercados.
As a��es do LinkedIn subiram 46,64% ap�s an�ncio da compra da rede social pela Microsoft por US$ 26,2 bilh�es. Os pap�is da Microsoft recuaram 2,60%.
Na Europa, a Bolsas fecharam em baixa com as preocupa��es em rela��o ao chamado "brexit", ou seja, a poss�vel sa�da do Reino Unido da Uni�o Europeia, no referendo marcado para o pr�ximo dia 23. A Bolsa de Londres perdeu 1,16%; a de Paris, -1,85%; Frankfurt, -1,80%; Madri, -2,20% e Mil�o, -2,91%.
Na �sia, o �ndice CSI300, que re�ne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 3,09%, enquanto o �ndice de Xangai recuou 3,23%. Os investidores reagiram ao crescimento do investimento em ativos fixos na China, que desacelerou para 9,6% entre janeiro e maio na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior. O indicador ficou abaixo das expectativas do mercado.
Em T�quio, o �ndice Nikkei recuou 3,51%, a 16.019 pontos.
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Atualizado em 31/07/2024 | Fonte: CMA | ||
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