China e petr�leo fazem d�lar cair para R$ 3,37 e Bolsa avan�ar 2,26%
O d�lar manteve a trajet�ria de queda global nesta quarta-feira (8). Dados da balan�a comercial da China em maio, que mostraram importa��es acima das proje��es, impulsionaram os neg�cios nos mercados emergentes.
Os pre�os do petr�leos atingiram os maiores n�veis no ano, o que tamb�m ajudou a derrubar o d�lar. Outro fator de desvaloriza��o da moeda americana s�o as apostas de manuten��o dos juros nos EUA neste m�s.
O d�lar comercial encerrou a sess�o em R$ 3,37, na menor cota��o em mais de dez meses. O Ibovespa avan�ou 2,26%, com destaque para a alta de quase 9% das a��es da Petrobras.
Segundo analistas, as declara��es do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quarta-feira contribu�ram para o bom humor no mercado dom�stico. Meirelles afirmou que a mudan�a na pol�tica econ�mica promovida pelo governo j� come�a a destravar investimentos e que a recupera��o do crescimento pode ser mais r�pida que o esperado.
Tamb�m nesta quarta-feira, o governo interino de Michel Temer obteve mais uma vit�ria. O plen�rio da C�mara aprovou nesta quarta-feira (8) em segundo turno o projeto que amplia e prorroga at� 2023 a chamada DRU (Desvincula��o de Receitas da Uni�o), mecanismo que permite � Uni�o gastar livremente parte de sua arrecada��o.
A queda da moeda americana ante o real foi favorecida ainda pela leitura do mercado que, por enquanto, o Banco Central n�o deve realizar mais leil�es de swap cambial reverso.
Essa opera��o equivale � compra futura da moeda americana pela autoridade monet�ria. Essa interpreta��o foi refor�ada com declara��es do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, de que o c�mbio � flutuante. A indica��o de Ilan para chefiar o BC foi aprovada ter�a-feira (7) pelo Senado.
O d�lar comercial, usado em contratos de com�rcio exterior, fechou em baixa de 2,34%, a R$ 3,3700, no menor patamar desde 29 de julho do ano passado (R$ 3,3300). A moeda americana � vista, refer�ncia no mercado financeiro, perdeu 1,89%, a R$ 3,3833, tamb�m na cota��o mais baixa em mais de dez meses.
O BC vinha reduzindo desde mar�o sua posi��o vendida em d�lar (de swap cambial) por meio de leil�es de swap cambial reverso. O �ltimo leil�o deste tipo no �ltimo dia 18 de maio.
"O mercado est� testando para ver at� onde vai o sangue frio do BC com essa queda forte do d�lar", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de c�mbio da Treviso Corretora. "Ainda tem muito d�lar para ser vendido, pois o mercado passou dois anos montando posi��es compradas na moeda por causa da piora da economia do pa�s", acrescenta.
D�lar tem menor cota��o em mais de dez meses - Moeda americana comercial, em R$
JUROS
Em dia de defini��o do novo patamar da taxa b�sica de juros (Selic) pelo Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) do Banco Central, os juros futuros recuaram.
O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,600% para 13,585%. O contrato de DI para janeiro de 2021 baixou de 12,390% para 12,300%.
Todos os 41 economistas consultados pela ag�ncia de not�cias Bloomberg preveem manuten��o da Selic em 14,25% ao ano na reuni�o que termina nesta quarta-feira. � o �ltimo encontro do Copom sob a presid�ncia de Alexandre Tombini.
Analistas esperam uma redu��o na Selic somente no segundo semestre, uma vez que a infla��o voltou a dar sinais de acelera��o. O IPCA, �ndice oficial do pa�s, foi de 0,78% em maio, acima da taxa registrada em abril (0,61%), segundo o IBGE. Foi o �ndice mais alto para o m�s desde 2008, quando havia subido 0,79%. Em maio do ano passado, o �ndice havia sido de 0,74%.
O CDS (credit default swap) brasileiro, esp�cie de seguro contra calote e indicador de percep��o de risco, perdia 0,63%, aos 326,126 pontos.
BOLSA
O Ibovespa terminou o preg�o com ganho de 2,26%, aos 51.629,29 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7 bilh�es, mais alto do que nas sess�es anteriores.
As a��es da Petrobras subiram 8,93%, a R$ 9,39 (PN) e 8,26%, a R$ 11,05 (ON).
O avan�o do petr�leo no mercado internacional beneficiou os pap�is da estatal. Em Londres, o petr�leo Brent era negociado acima de US$ 52 no maior n�vel desde de outubro do ano passado.
A companhia anunciou ainda que vai vender pacotes com terminais de importa��o de g�s e termel�tricas. Al�m disso, a produ��o de petr�leo e g�s da estatal cresceu 5% em maio, na compara��o com abril.
"A queda do d�lar e a poss�vel venda de ativos ajudam a reduzir o alto endividamento da Petrobras", afirma Ari Santos, gerente de renda vari�vel da corretora H.Commcor.
Os pap�is da Vale ganharam 1,23%, a R$ 13,15 (PNA) e 2,59%, a R$ 17,00 (ON).
No setor financeiro, Ita� Unibanco PN subiu 1,52%; Bradesco PN, +3,13%; Banco do Brasil ON, +3,13%; Santander unit, +2,44%; e BM&FBovespa ON, +3,57%.
"A desvaloriza��o do d�lar torna a bolsa mais barata para investidores estrangeiros", comenta um operador.
EXTERIOR
Al�m dos dados da balan�a comercial chinesa, o bom humor do mercado foi refor�ado com relat�rio da OCDE (Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico) divulgado nesta quarta-feira. Conforme o documento, est�o surgindo sinais de que as economias dos Estados Unidos e da China, as duas maiores do mundo, podem estar se estabilizando.
A OCDE tamb�m se mostrou positiva para Brasil e R�ssia. "Entre as principais economias emergentes, os �ndices para Brasil e R�ssia confirmam os sinais de mudan�a positiva no �mpeto de crescimento sinalizado na avalia��o do m�s passado", informou a organiza��o.
Na Bolsa de Nova York, o �ndice S&P 500 ganhou 0,33%; o Dow Jones, +0,37%; e o Nasdaq, +0,26%.
As Bolsas europeias fecharam em baixa, pressionadas por pap�is do setor financeiro. Na China, os �ndices recuaram, com baixa liquidez por causa do feriado local nesta quinta (9) e sexta-feira (10). No Jap�o, o �ndice Nikkei da Bolsa de T�quio ganhou 0,93%.
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Atualizado em 31/07/2024 | Fonte: CMA | ||
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