M�quinas de venda direta v�o al�m do refrigerante com salgadinho
As m�quinas de venda direta t�m potencial para movimentar mais que os cerca de R$ 1 bilh�o que devem gerar no Brasil neste ano.
O c�lculo � da empresa EPS, que organiza, em setembro, a Expo Vending & OCS ("office coffee service", servi�o de caf� para escrit�rios).
H� hoje cerca de 80 mil m�quinas no pa�s, uma m�dia de 2.500 habitantes para cada uma. No Jap�o, o recordista, s�o 5,6 milh�es - um aparelho para cada 23 pessoas.
Raquel Cunha/Folhapress | ||
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Daniel Doho � s�cio da i2GO, que vende produtos para tablets e celulares via Vending Machines |
Mas, apesar da baixa penetra��o, as m�quinas v�m ganhando espa�o vendendo itens mais caros.
A i2GO come�ou neste ano a vender assess�rios para celular e tablet, como capinhas e carregadores, por meio das "vending machines".
"A principal vantagem � o funcionamento 24 horas", diz Daniel Doho, 35, um dos s�cios da empresa.
As 12 m�quinas da empresa est�o em aeroportos, rodovi�rias e esta��es do Metr� e custaram cerca de R$ 20 mil cada. Embora representem uma �nfima parcela dos 4.000 pontos de venda da companhia, j� devem responder por 3% da receita no ano. A previs�o de faturamento da i2GO para 2016 � de R$ 20 milh�es.
Al�m do vandalismo e depreda��o, outro entrave ao crescimento � cultural.
"Padarias e vendinhas que oferecem o mesmo que as m�quinas", diz Carlos Millitelli, 45, diretor da EPS.
O p�blico est� mais habituado, tamb�m, a perguntar ao vendedor sobre o produto, diz Rog�rio de Almeida, 56, diretor da Vending Vitrine, que aluga e vende m�quinas para empres�rios.
O preconceito tamb�m � visto como problema.
"Existe a ideia de que a m�quina rouba empregos, com a qual n�o concordo. O homem pode fazer mais do que apenas entregar um produto", diz Almeida.
TRADI��O
Ant�nio Chiarizzi Jr., 68, est� no mercado de "vending machines" desde 2009, � frente da Mr. Kids.
O futuro aponta para pagamentos digitais e diversifica��o de produtos. Mas ele aposta nas m�quinas mec�nicas, acionadas por moedas.
A Mr. Kids, que faturou R$ 4 milh�es em 2015, tem 133 franqueados operando com as tradicionais vers�es de a�o e acr�lico, que vendem balas, chicletes e brinquedos, por at� R$ 3. "A vantagem � n�o consumirem energia el�trica", diz o empres�rio.
Danilo Verpa/Folhapress | ||
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Ant�nioChiarizzi Jr., 68, est� no mercado de "vending machines" desde 2009, � frente da Mr. Kids |
A taxa de franquia da empresa � R$ 18,5 mil. O franqueado paga cerca de R$ 1.200 por m�dulo simples, que, adicionado lado a lado, cria estruturas maiores.
O funcion�rio p�blico Wanderlei Garcia, 48, � franqueado desde 2012 e possui 40 m�quinas.
"� o meu complemento de renda", diz ele, que fatura at� R$ 6.000 por m�s.
Sozinho, ele visita os pontos de venda uma vez por semana, reabastece as m�quinas, faz a limpeza, manuten��o, e recolhe as moedas. Ele garante que vale a pena.
"Produto para crian�a, a esse pre�o, nunca encalha."
RESIST�NCIA
O mecanismo das "vending machines" � simples, diz Rog�rio de Almeida, diretor da Vending Vitrine, que aluga, vende e modifica m�quinas sob demanda.
Isso permite que elas comercializem basicamente qualquer produto, mediante adapta��es.
Foi Almeida quem desenvolveu para a floricultura Flavia Rocco, de S�o Paulo, as "vending machines" de flores, em 2014.
Mas a empresa desistiu do modelo. Segundo Carol Rocco, s�cia, os clientes n�o abra�aram a ideia e a rentabilidade n�o compensou.
Alugar ou comprar o equipamento para empreender � uma escolha que depende do capital dispon�vel. Uma m�quina que vende snacks e bebidas custa cerca de R$ 25 mil. Seu aluguel por 24 meses custa R$ 1.400 mensais.
Os propriet�rios costumam ganhar um ano de consultoria e assist�ncia t�cnica para operar as m�quinas. Cada dono ou locat�rio � respons�vel pelo abastecimento.
Quem compra ou aluga uma m�quina tem ainda de definir o ponto onde ela vai ser colocada. O Metr�, por exemplo, cobra aluguel mensal de R$ 1.500 por cada m�quina em suas esta��es.
Empresas normalmente n�o cobram nada, uma vez que as m�quinas s�o vistas, nesse caso, como benef�cios para os funcion�rios.
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