Brasil e EUA atuar�o juntos para conter excesso chin�s na siderurgia
Ant�nio Gaud�rio/Folhapress | ||
Ind�stria da CSN onde � feita a transforma��o de ferro l�quido em a�o l�quido, em Volta Redonda (RJ) |
Brasil e Estados Unidos atuar�o em conjunto para tentar mitigar a grave crise no setor sider�rgico mundial, causada principalmente pelo excesso de oferta da ind�stria chinesa. A coordena��o foi proposta pelo governo americano, segundo o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Armando Monteiro, que est� em Wasington para uma s�rie de encontros com o governo e empres�rios.
Segundo ele, h� uma "imensa preocupa��o" nos dois pa�ses com a crise, que envolve excesso de oferta, forte queda na demanda mundial e, como consequ�ncia, um "surto de medidas protecionistas em todos os mercados para proteger os mercados dom�sticos".
Em Washington, Monteiro ouviu do representante americano de Com�rcio, Michael Froman, que os EUA consideram necess�ria uma "coordena��o internacional" para evitar o agravamento da situa��o. De acordo com o ministro, o setor sider�rgico perdeu entre 20 e 25 mil empregos somente nos �ltimos 15 meses.
"� uma quest�o extremamente complexa. Metade da produ��o sider�rgica mundial hoje vem da China. No in�cio dos anos 1980, a China produzia a mesma quantidade de a�o bruto do Brasil. Hoje a produ��o anual da China em 15 dias � equivalente � produ��o anual do Brasil". disse. "N�o temos a pretens�o de impor nada � China, seria irrealista. Mas deve-se abrir um di�logo para um processo de coordena��o evitar o agravamento desse quadro, que � muito grave.
O ministro afirmou que a China est� em fase de implementa��o de ajustes no setor, mas que a velocidade desse processo tem sido insuficiente para conter o desequil�brio na oferta. "Existem plantas [na China] que s�o antigas e pertencem aos governos provinciais e operam em condi��es muito prec�rias, mas s�o geradoras de empregos", explicou Monteiro.
De acordo com o ministro, a ideia � que Brasil e EUA atuem de forma conjunta em foros de discuss�o sobre a crise sider�rgica, como na comiss�o que se reunir� em abril no �mbito da OCDE (Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico). Enquanto n�o surge uma a��o coordenada com efeitos sobre o excesso de oferta, h� "um verdadeiro surto" de medidas de defesa comercial, disse Monteiro, incluindo salvaguardas e eleva��o de tarifas de importa��o. O Brasil j� tem medidas antidumping em curso contra o a�o chin�s, al�m de duas investiga��es abertas.
Ao comentar a crise econ�mica e pol�tica brasileira, Monteiro criticou indiretamente a Fiesp, que defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "H� outras entidades que assumem uma op��o mais equilibrada, que querem que as condi��es de governabilidade sejam restauradas, pois a economia precisa de governo e o pior cen�rio � um quadro de dificuldade aguda de governabilidade. Mas h� outras que foram al�m disso e defenderam o impeachment", disse.
Em meio aos dados negativos da economia brasileira, o ministro citou uma boa not�cia, o aumento do n�mero de empresas brasileiras que est�o exportando aos EUA. De 2014 a 2015 houve um crescimento de 9%, chegando a 6.471. O aumento � resultado n�o apenas do c�mbio favor�vel, com a desvaloriza��o do real. mas tamb�m de acordos que facilitam a exporta��o, segundo o minist�rio.
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