Opera��o Zelotes apreende R$ 2 milh�es
Mais de R$ 2 milh�es foram apreendidos em Bras�lia e S�o Paulo pela Pol�cia Federal, durante opera��o que investiga pagamento de propina a conselheiros do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
O �rg�o, do Minist�rio da Fazenda, julga casos em que contribuintes foram autuados pela Receita Federal.
Segundo balan�o divulgado nesta sexta-feira (27), al�m de dinheiro (R$ 1,8 milh�o, US$ 9.000 e � 1.500), foram apreendidos em Bras�lia 16 carros nacionais e importados e joias.
Em S�o Paulo, foram apreendidos dez ve�culos e R$ 240 mil (em moeda nacional e estrangeira), e, no Cear�, dois ve�culos.
Segundo os investigadores, quadrilhas recebiam propinas para atenuar ou anular o pagamento de multas cobradas pela Receita Federal.
S�rgio Lima/Folhapress | ||
Equipe que investiga caso de sonega��o fala sobre a opera��o na sede da PF em Bras�lia |
O Minist�rio P�blico Federal e a Pol�cia Federal est�o investigando pessoas ligadas a pelo menos tr�s empresas: o Banco Safra, � RBS Administra��o e Cobran�a Ltda. –que pertence ao Grupo RBS– e � revendedora de carros Caoa, segundo apurou a Folha com pessoas ligadas � opera��o policial.
A RBS negou irregularidades e a Caoa afirmou que o Carf deu decis�es negativas quando julgou casos que envolviam a empresa. O Banco Safra n�o respondeu �s liga��es da reportagem at� a conclus�o desta edi��o.
Batizada de Zelotes (palavra que, segundo o dicion�rio Houaiss, designa seita e partido pol�tico judaico que desencadeou uma revolta contra o pagamento de tributos), a opera��o foi lan�ada pela Pol�cia Federal nesta quinta-feira (26).
A Folha apurou que os investigadores monitoraram uma reuni�o entre um integrante do alto escal�o do banco Safra e um representante de um dos conselheiros do Carf suspeito de receber propina. O encontro ocorreu em 2014, em S�o Paulo.
Na quinta-feira, uma das a��es de busca e apreens�o da PF foi realizada em um dos edif�cios do banco na capital paulista. At� a conclus�o desta edi��o, a reportagem n�o conseguiu detalhes das suspeitas contra as outras duas companhias.
Os investigadores agora apuram se os tr�s investigados representavam essas empresas ou estavam agindo por conta pr�pria junto ao esquema desbaratado.
"N�o descartamos a possibilidade de essas pessoas atuarem em benef�cio de outras empresas, com as quais n�o tinham v�nculo aparente", explicou um investigador, falando sob a condi��o de anonimato.
As fraudes geraram preju�zo de ao menos R$ 5,7 bilh�es ao er�rio, e se referem a processos nos quais s�o discutidos cr�ditos tribut�rios de R$ 19 bilh�es.
OUTRO LADO
A revendedora de ve�culos Caoa informou que teve duas multas julgadas pelo Carf. Argumentou, por�m, que, em ambos os casos, as decis�es do conselho negaram os pedidos da revendedora.
O grupo RBS disse desconhecer a investiga��o e negou "qualquer irregularidade em suas rela��es com a Receita Federal". J� o Grupo Safra n�o respondeu, at� a conclus�o desta edi��o, ao pedido de esclarecimentos enviado por e-mail.
Na quinta (26), a Fazenda divulgou nota afirmando que, se constatados v�cios nas decis�es do Carf, elas ser�o revistas. Disse, ainda, que j� implementou mudan�as, como o sistema de sorteio eletr�nico na distribui��o dos processos aos conselheiros.
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