Desafio imediato de Dilma � recuperar confian�a do mercado, diz Moody's
A presidente reeleita Dilma Rousseff tem o desafio imediato de recuperar a confian�a dos investidores e apresentar "um novo come�o cr�vel" para a economia brasileira, aponta a ag�ncia de classifica��o de risco Moody's em relat�rio divulgado nesta ter�a-feira (28).
Os problemas econ�micos do pa�s s�o profundos e estruturais na avalia��o da Moody's, que afirma que somente reformas podem ser capazes de fazer o pa�s retomar o crescimento no m�dio prazo e recuperar a posi��o fiscal.
Restabelecer a confian�a, segundo a ag�ncia, � importante para manter a d�vida do governo em n�veis suport�veis, promover o investimento do setor privado e assegurar que a resposta negativa do mercado � elei��o n�o conduza a uma tend�ncia de baixa dos pre�os dos ativos.
"� poss�vel que, na aus�ncia de uma diretriz clara sobre a trajet�ria pol�tica que o governo pretende seguir, os investidores mantenham a abordagem 'esperar para ver', a atividade econ�mica permane�a restringida e os mercados financeiros sejam submetidos a corre��es peri�dicas", afirmou no comunicado o vice-presidente s�nior da Moody's, Mauro Leos.
Em setembro, a ag�ncia rebaixou para negativo o vi�s da nota do Brasil. Na avalia��o anterior, a perspectiva era est�vel.
A mudan�a indica que houve piora nos fundamentos econ�micos do pa�s, que podem ter reflexos sobre a capacidade de pagamento dos t�tulos da d�vida p�blica do governo.
N�o houve altera��o da nota Baa2 para a emiss�o desses t�tulos, mas a redu��o na perspectiva indica que um futuro rebaixamento na avalia��o � poss�vel. O rating Baa2 indica grau de investimento com risco de cr�dito moderado e � o segundo acima do grau especulativo, de menor seguran�a para os investidores.
A��o diferente foi adotada pela Standard & Poor's (S&P) em mar�o deste ano. A ag�ncia optou por rebaixar o rating soberano do Brasil de BBB para BBB-, �ltima nota do grau de investimento adotada por esta ag�ncia. Caso seja rebaixado novamente por essa ag�ncia, o pa�s passar� ao grau especulativo na avalia��o da S&P.
Segundo a Moody's, a mudan�a no vi�s reflete o risco crescente do baixo crescimento da economia brasileira e a piora nos indicadores da d�vida p�blica. Para a ag�ncia, esses fatores apontam para uma redu��o na qualidade de cr�dito do Brasil.
POLARIZA��O
De acordo com a ag�ncia, ap�s as elei��es, Dilma enfrenta um cen�rio politicamente polarizado e com problemas estruturais que dever�o ser combatidos com firmeza para recuperar o caminho do crescimento.
Nesse sentido, a Moody's afirmou que as medidas adotadas nos pr�ximos dois ou tr�s meses marcar�o o rumo da administra��o, e ressaltou que o principal desafio de Dilma ser� o de articular uma mudan�a nas pol�ticas econ�micas.
Depois de registrar uma expans�o de 7,5% em 2010, o crescimento da economia brasileira foi de 2,7% em 2011, de apenas 1% em 2012 e de 2,3% em 2013. O governo acredita que fechar� o ano com uma taxa de 0,9%, frente aos 0,27% projetados por analistas de mercado.
A ag�ncia advertiu que o rebaixamento da nota do Brasil depender� do d�ficit fiscal, da d�vida do governo e do crescimento do pa�s 2014.
A Moody's tamb�m vai considerar um rebaixamento da classifica��o se n�o for revertida a tend�ncia da d�vida fiscal e se o crescimento do PIB se mantiver entre 1% e 2%.
A presidente reeleita venceu o segundo turno das elei��es ao obter 51,64% dos votos contra 48,36% do candidato do PSDB, A�cio Neves.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Atualizado em 31/07/2024 | Fonte: CMA | ||
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