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28/10/2010 - 07h31

Document�rio "China", de 1972, deslumbra com observa��o antropol�gica

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RAUL JUSTE LORES
EDITOR DE MERCADO

Em 1972, Michelangelo Antonioni foi o primeiro cineasta ocidental a obter permiss�o para filmar na China desde a chegada dos comunistas ao poder em 1949.

Era um dos mais pobres e fechados pa�ses do mundo. Os registros fazem de "China" um monumento de valor hist�rico e f�lmico �nico.

Ele passou oito semanas no pa�s, visitando Pequim, Xangai, Suzhou, Nanjing e vilarejos rurais na Prov�ncia de Henan. O ditador Mao Tse-tung ainda estava vivo e o pa�s ensaiava uma abertura.

Ou�a comen�rios de Raul Juste Lores sobre o filme:

Raul Juste Lores

O primeiro-ministro Zhou Enlai, respons�vel pelo convite ao italiano, esperava uma propaganda de luxo.

Fiel aos dogmas da esquerda, que idealizava a ditadura mao�sta, Antonioni elogia o coletivismo, o desprendimento material e a igualdade da sociedade chinesa --todos igualmente miser�veis.

"China" n�o revela os horrores da Revolu��o Cultural (1966-1976), quando fecham todas as universidades e milhares de intelectuais s�o mortos. Mas, sorrateiramente, o cineasta revela o controle que sua equipe sofria.

A c�mera respeitosa e assombrada mostra Pequim sem carros e com burrinhos circulando nas avenidas.

A cesariana acontece sem anestesia --ou melhor, com enormes agulhas. A acupuntura permite que a gestante passe inc�lume pela cirurgia.

Nesses momentos de observa��o antropol�gica, o longa deslumbra.

Divulga��o
Crian�as do ensino fundamental no document�rio "China", de Michelangelo Antonioni
Crian�as do ensino fundamental no document�rio "China", de Michelangelo Antonioni

Mas as autoridades comunistas n�o o viram assim. Foi atacado de antirrevolucion�rio, proibido e jamais teve estreia comercial no pa�s.

Mas, quase 40 anos depois, est� em qualquer loja de DVDs piratas de Pequim. Para quem teve suas d�cadas de Coreia do Norte, revela o quanto a China progrediu.

CHINA
DIRE��O Michelangelo Antonioni
QUANDO hoje, �s 17h50, no Cine Livraria Cultura; no dia 2/11, �s 18h, no Centro Cultural S�o Paulo; e no dia 4/11, �s 18h20, no MIS
CLASSIFICA��O livre
AVALIA��O �timo

 

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