Destino tur�stico, Paraty tem maior taxa de morte por arma de fogo do Rio
Patrim�nio hist�rico e cultural, cercada por seis �reas de preserva��o ambiental, Paraty � um dos principais destinos tur�sticos do Estado do Rio de Janeiro e palco da maior festa liter�ria do pa�s, a Flip –mas � tamb�m a cidade com maior taxa de homic�dios por arma de fogo do territ�rio fluminense.
Segundo o Mapa da Viol�ncia 2016, o munic�pio de cerca de 40 mil habitantes tem 60,9 assassinatos por arma de fogo a cada 100 mil habitantes e est� entre as 50 cidades com mais mortes do tipo no pa�s.
O quadro � agravado pela crise no Estado, com atrasos nos pagamentos de servidores e falta de investimento na seguran�a p�blica, e pela depend�ncia da prefeitura de receitas provenientes dos royalties do petr�leo, que fizeram seu Or�amento encolher 30% entre 2015 e 2016.
Desde 2013, uma parceria p�blico-privada gerida pela organiza��o social Comunitas investiu R$ 10 milh�es em estrat�gias de sustentabilidade financeira e em medidas como forma��o de professores, preven��o da viol�ncia e pol�ticas para a juventude.
"S�o a��es com reflexos de m�dio prazo, e n�o de um ano para outro", diz Regina C�lia, presidente da Comunitas.
Paraty tem um n�mero elevado de homic�dios desde meados dos anos 2000, mas atingiu seu recorde recente em 2016, com 33 casos registrados. Suas v�timas s�o, principalmente, jovens pretos e pardos de bairros favelizados.
Um diagn�stico realizado pelo Instituto Igarap� identificou uma din�mica t�pica de gangues, com elevado protagonismo e vitima��o de adolescentes e uma l�gica de vingan�a.
"S�o gangues e usam meios letais de disputa, que t�m mais a ver com quest�es juvenis do que com quest�es do crime organizado", avalia Ilona Szab�, especialista em seguran�a p�blica e diretora do Igarap�. A viol�ncia dom�stica e contra a crian�a, ambas subnotificadas, favorecem o quadro atual.
Desde o ano passado, o Igarap� tem desenvolvido um observat�rio de preven��o � viol�ncia que vai monitorar fam�lias vulner�veis para interven��es precisas pelas pastas da Educa��o, Sa�de e Assist�ncia Social.
"Numa segunda fase, vamos fortalecer a Guarda Municipal para que se torne uma for�a cidad�, de media��o de conflito e prote��o da popula��o, e n�o de combate ao crime", explica Szab�.
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