Puxado pelo Metallica e com hits para pular e dan�ar, Lolla 2017 bate recorde
Em sua sexta edi��o, o Lollapalooza Brasil come�a a exibir sua cara. Direcionado a um p�blico muito jovem, opta por bandas emergentes, que t�m repert�rio de hits recentes e fazem apresenta��es vigorosas, com poucas pausas. O p�blico quer pular e dan�ar.
Diversas atra��es se encaixam nesse modelo. No domingo (26), segundo e �ltimo dia do evento, dois nomes evidentes foram os galeses do Catfish and The Bottlemen e os irlandeses do Two Door Cinema Club. No s�bado, o perfil define os americanos do Cage the Elephant.
A banda escalada para encerrar o festival, Strokes, era assim em seu surgimento nos EUA na d�cada passada.
Come�ando o show debaixo de chuva, que parou ap�s 15 minutos, o grupo priorizou o repert�rio do primeiro �lbum, "Is This It" (2001), seu melhor trabalho.
Refor�ando a fama de "dif�ceis", os m�sicos usaram uma ilumina��o que deixava o palco numa penumbra. A banda errou o andamento de algumas m�sicas e houve intervalos estranhos entre os n�meros. Um show irregular, salvo pelos hits.
Destinado a multid�es, o festival ainda usa um nome de peso para garantir a venda de ingressos. Neste ano, o nome foi mesmo de peso.
O Metallica, que fechou a programa��o no s�bado, teve grande responsabilidade pelo p�blico de 100 mil pessoas que foi a Interlagos, recorde na hist�ria do Lolla Brasil para um �nico dia -em 2014, a banda Muse se apresentou no festival para um p�blico de 90 mil, n�mero igualado neste domingo.
A expectativa para os dois dias era de 180 mil. O total superou em 20 mil o p�blico de 2016 e foi o maior das �ltimas quatro edi��es, todas em Interlagos -as duas primeiras, promovidas pela extinta Geo, foram no Jockey.
CRIVO
No line-up, houve espa�o para atra��es pop que passaram pelo crivo da ind�stria fonogr�fica, gente jovem vencedora de Grammy.
Foi o caso da dupla nova-iorquina The Chainsmokers, que se apresentou no s�bado, e do cantor canadense The Weeknd, que mostrou no domingo um show priorizando seu �ltimo �lbum, "Starboy". Abriu com a faixa-t�tulo, para todo mundo cantar junto, e conseguiu bons momentos, como na sombria "Party Monster".
Aos poucos, o festival vai trazendo levas de garotas pop a cada ano. Em edi��es anteriores, teve Marina and the Diamonds, St. Vincent e Halsey. Desta vez, a dinamarquesa M� e a sueca Tove Lo cumpriram o papel de arrastar ao aut�dromo meninas vestidas como elas.
A participa��o brasileira na escala��o teve nomes que poderiam conviver sem solavancos com esse perfil jovem e pop, como C�u e Suricato. Criolo e BaianaSystem deram um verniz pol�tico, abrindo espa�o para o j� habitual "Fora, Temer".
Al�m do Metallica, que empolgou todas as faixas et�rias, o p�blico tioz�o minorit�rio teve alento com os americanos do Rancid, na estrada da f�ria desde o in�cio dos anos 1990, e a "new wave" inglesa do Duran Duran, que jogou o p�blico em 1981.
Correndo por fora, no sempre lotado palco Perry's, a m�sica eletr�nica seguiu forte. O p�blico recebeu com empolga��o o emergente brasileiro Haikaiss e o astro holand�s Martin Garrix.
Com moleques e veteranos nos palcos, o Lollapalooza ganha popularidade, mas a escala��o fica rendida aos sucessos recentes. N�o � um festival para se descobrir coisas novas. Quem vem j� mostrou seu valor pop.
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