Fila do cart�o demora nove vezes mais que a do dinheiro no Lollapalooza
Novidade desta edi��o do Lollapalooza, a pulseira recarreg�vel para comprar alimentos e bebidas funcionava bem no in�cio do primeiro dia do festival, neste s�bado (25), em S�o Paulo.
Quem recarregar o servi�o utilizando cart�o de d�bito ou cr�dito, por�m, enfrentar� filas muito mais demoradas do que quem o fizer com dinheiro.
A reportagem da Folha aguardou 30 minutos at� chegar � boca do caixa pr�ximo ao palco Axe, enquanto a espera para o pagamento em dinheiro acabava em menos de tr�s minutos.
Nesse sistema, cada pessoa recebe uma pulseira, que funciona como uma esp�cie de comanda. Ap�s carregar o acess�rio, o consumo em qualquer ponto do Lolla, seja nas tendas fixas, vendedores de bebidas espalhados pelo aut�dromo ou no Chef's Stage –que re�ne barracas de cozinheiros conhecidos, como Henrique Foga�a e Benny Novak– � feito apenas por meio do aparato eletr�nico.
At� o meio da tarde de s�bado, n�o havia grandes filas para comprar bebidas e alimentos nem para ir aos banheiros qu�micos. A expectativa, no entanto, � que o volume de pessoas aumente consideravelmente nos hor�rios pr�ximos �s atra��es principais desta noite –Mettalica e The xx.
TRANSPORTE
De metr� e trem, a Folha fez um trajeto que partiu da esta��o Vila Madalena at� a esta��o Aut�dromo da CPTM. A viagem durou, no come�o da tarde deste s�bado, cerca de uma hora. Camisetas do Metallica imperavam nos vag�es, mas havia tamb�m muitas garotas com glitter no rosto e de chap�u.
J� o percurso de uma hora dos Jardins at� o Aut�dromo de Interlagos, de t�xi comum, custou R$ 73.
De Uber, a viagem do Para�so para Interlagos, conclu�da �s 13h, durou 40 minutos. O aplicativo fez o carro desviar das avenidas e percorrer ruas estreitas no bairro, e o resultado foi bom. Ao chegar ao aut�dromo, o carro estava do lado oposto ao port�o em que deveria entrar; contornou quase todo o aut�dromo, e o tr�nsito estava fluindo por ali sem problemas
A organiza��o do Lolla tamb�m oferece, por R$ 75, um servi�o de transfer que sai do hotel Sheraton, no Brooklyn Novo, zona sul.
Os estudantes Igor Arantes, 19, Lucas Deotti, 18, Heloiza Arantes, 18, de Belo Horizonte, utilizaram o sistema para ir ao festival. Todos eles j� usaram o Lolla Transfer no ano passado e recomendam pela facilidade. "N�o � preciso pegar fila para entrar e, na volta, voc� sai pelo lado oposto da muvuca", diz Heloisa.
O trio mineiro tamb�m j� utilizou o servi�o semelhante oferecido pelo Rock in Rio, mas afirma que o do Lollapalooza � mais organizado, porque transporta menos gente.
Com isso, a espera � menor na volta. Eles v�o ao festival pela terceira vez para ver, desta vez, Glass Animals, Cage The Elephant, The Chainsmokers e Metallica. "Nosso pai incentiva, quem mandou nos levar ao Rock in Rio com 12 anos?", afirma Igor.
Em vez de ficar no Sheraton, eles dividem um quarto no Ibis, hotel vizinho com di�rias mais baratas. "L�, eles oferecem um lanche muito gostoso para quem volta do festival de madrugada, por R$ 20", diz Deotti.
ARREDORES
Na avenida Feliciano Correia, nos arredores do aut�dromo, o engenheiro Adarlei Ranieri abriu sua casa parar oferecer sanit�rios a quem vem ao festival. O uso do banheiro custa R$ 2. "N�o tenho como sair de casa, ent�o esse � o jeito de aproveitar o evento. O Lolla � pior que a Formula 1, porque n�o d� para circular com carro." A mulher de Ranieri, Celia Lopes, calcula que mais de cem pessoas j� tenham usado o servi�o improvisado. O casal ainda vende �gua, cerveja e chicletes.
Al�m de bebidas, os vendedores ambulantes apostaram em capas de chuva, vendidas a R$ 5, pochetes –essas por R$ 20–, e coroas de flores, que ao lado da maquiagem com glitter parece ser a moda do visual de quem veio a Lolla.
(ALEX KIDD, AMANDA NOGUEIRA, DAIGO OLIVA, THALES DE MENEZES, VICTORIA AZEVEDO)
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