'A m�sica se recuperar� das perdas', diz Simon Le Bon, do Duran Duran
"A m�sica � como a natureza, ela sempre se recupera. Sempre que houver espa�o, haver� algu�m esperando para substituir quem veio antes", diz Simon Le Bon, a voz que embala os sucessos do Duran Duran, veterana brit�nica que toca no domingo (26) na sexta edi��o brasileira do Lollapalooza.
Seu otimismo n�o se sobrep�e �s perdas da m�sica em 2016, em especial a de George Michael, com quem teceu parcerias (como no �lbum ao vivo "The Final Concert", do Wham!), mas n�o se limita ao lamento.
"Nunca teremos outro David Bowie, nunca teremos outro George Michael. As pessoas deixam suas marcas na hist�ria da m�sica, mas ent�o outros t�m a chance de fazer algo diferente, novo".
Divulga��o | ||
Roger Taylor, Nick Rhodes, John Taylor e Simon Le Bon, integrantes do Duran Duran |
Livre de nostalgia tamb�m se pretende o novo �lbum da banda, "Paper Gods", lan�ado em 2015. "N�o acho que tenhamos aproveitado um retorno dos anos 1980, mas percebi que esse �ltimo �lbum conquistou f�s mais novos".
Para Le Bon, o disco mostra uma faceta moderna do Duran Duran, mas mant�m a ess�ncia da banda, algo que, por um erro, diz ele, havia se perdido nos tr�s �lbuns imediatamente anteriores a "All You Need Is Now", de 2010.
"Voc� consegue identificar alguns aspectos que nunca mudam, como a minha voz, a aten��o aos detalhes, o amor pela melodia e pela letra, mas tem uma abordagem moderna nisso", descreve.
A busca por um som mais experimental e moderno levou o grupo a uma parceria com o cantor, compositor e produtor ingl�s Mr. Hudson.
A atua��o do produtor � evidente na can��o-t�tulo, de melodia coralista, marcada por r�gidas batidas eletr�nicas.
Em contraponto ao discurso de Le Bon, a letra tece uma cr�tica pol�tica justamente aos tempos modernos (Curve aos deuses de papel em um mundo que � fino como papel/ Os tolos na cidade est�o governando agora).
"� a minha can��o favorita no �lbum, � uma �tima maneira de apresentar o Duran Duran", diz Le Bon. "N�o acho que os eventos pol�ticos recentes d�o � can��o particularmente um novo significado, mas eles ilustram a verdade que � o cerne da letra."
Le Bon, que no passado j� se disse avesso a festivais ("as rea��es s�o imprevis�veis"), afirma ter mudado de ideia a tempo de seu retorno ao Brasil. "Aprendemos muito e acho que a coisa mais legal � ter a oportunidade de tocar para os f�s de outras bandas."
"Voc� fica mais exposto,claro, mas n�s estamos ansiosos para tocar para esses jovens roqueiros".
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