No teatro, Antonio Fagundes estreia com�dia argentina 'em fam�lia'
Lenise Pinheiro/Folhapress | ||
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Da esq. para a dir.: Alexandra Martins, Bruno Fagundes, Antonio Fagundes e Mara Carvalho na pe�a |
Em seu novo espet�culo, Antonio Fagundes discute rela��es em fam�lia. Atua mais uma vez com o filho Bruno –antes, fizeram juntos "Vermelho" e "Tribos". Divide o palco ainda com a ex-mulher Mara Carvalho (m�e de Bruno) e a atual companheira, Alexandra Martins. Por fim, Clarisse Abujamra, tamb�m ex do ator, assina a tradu��o do texto.
Mas o debate em quest�o � o das rela��es de "Baixa Terapia", com�dia do argentino Mat�as Del Federico que estreia nesta sexta-feira (17) em S�o Paulo sob dire��o de Marco Ant�nio P�mio.
"Gra�as a Deus a 'DR' fica no palco", brinca Fagundes.
Texto de sucesso em seu pa�s que ganhou montagens pela Am�rica Latina e na Espanha, a pe�a retrata tr�s casais que n�o se conhecem (Fagundes e Mara; Bruno e Alexandra; Ilana Kaplan e F�bio Esp�sito). Chegam ao consult�rio de sua psic�loga, mas ela n�o se encontra. Por meio de cartas, deixou aos pacientes uma miss�o: ter�o de conversar entre si e resolver eles mesmos os seus problemas.
Os temas s�o tratados com um humor "bem argentino", diz o diretor. "Os personagens falam as coisas sem muita autocr�tica." Compara as situa��es (um absurdo em que nos reconhecemos) �s vistas no filme "Relatos Selvagens" (2014), de Dami�n Szifron.
O cen�rio � como uma maquete, afirma Fagundes. Tem alguns elementos (cadeiras, sof�, mesas) e um espa�o delimitado dentro do palco, do qual os atores nunca saem.
Ao fim da apresenta��o, o elenco abre para o p�blico um debate sobre a pe�a e os temas nela presentes –pr�tica que Fagundes tem desde os anos 1980, com sua antiga Companhia Est�vel de Repert�rio, quando ficava na bilheteria do teatro pouco antes da sess�o para saber como era o p�blico que teria naquela noite.
Como em suas produ��es anteriores, Fagundes faz a pe�a sem patroc�nios ou leis de incentivo. "Montar um espet�culo sem patroc�nio � ideol�gico, para a gente ter a medida exata do que ele est� fazendo, em termos de forma��o de p�blico, de comunica��o, de qualidade, inclusive."
"Baixa Terapia" (que n�o teve o or�amento divulgado) � custeada por uma dezena de pessoas da equipe da pe�a. A ideia, segundo Fagundes, � estender a temporada do espet�culo de acordo com seu sucesso, pagando os custos com o retorno da bilheteria.
Antes da estreia, a montagem abriu oito ensaios, apresentando para um p�blico pagante o processo de constru��o de "Baixa Terapia" (discuss�es de texto, de marca��es no palco etc.). "E eu fa�o quest�o de cobrar", diz Fagundes. "Porque a postura da pessoa que vai l� pagando � outra, mais interessada."
Cada sess�o desta temporada conta ainda com de 10 a 15 ingressos que d�o direto a uma visita ao camarim (custam entre R$ 160 e R$ 180).
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BAIXA TERAPIA
QUANDO sex., �s 21h30, s�b., �s 20h; dom., �s 19h; at� 30/7
ONDE Tuca, r. Monte Alegre, 1.024, tel. (11) 3670-8455
QUANTO R$ 60 a R$ 80
CLASIFICA��O 14 anos
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