Casal de brasileiros fala no SXSW sobre 'di�rio de viagem' musical
Os paulistas Diana Boccara e Leo Longo criaram um di�rio de viagem nada convencional para registrar sua passagem por 22 pa�ses em 18 meses. Em vez de fotos e v�deos, o casal foi em busca de bandas independentes de cada local, para filmar 80 videoclipes, al�m de outros 80 v�deos sobre os bastidores.
O resultado � "Around the World in 80 Music Videos", dispon�vel de gra�a no canal hom�nimo do YouTube. O projeto ser� apresentado nesta ter�a no South by Southwest, festival que mistura m�sica, cinema e tecnologia, em Austin, no Texas.
Gracia Lee/Divulga��o | ||
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Diana Boccara e Leo Longo, que gravaram 80 clipes de bandas independentes em 22 pa�ses |
Diana e Leo, ambos profissionais de TV no Brasil, v�o narrar curiosidades da aventura, com �nfase na import�ncia da colabora��o criativa com os artistas, passando por hist�rias no alto inverno de Moscou (onde gravaram com Mooncake e On-The-Go), num deserto no M�xico (The Mud Howlers, Molotov) e na chuvosa Irlanda (Coronas, HamsandwicH).
H� tamb�m clipes com dez grupos brasileiros (Brothers of Brazil, Pato Fu, Vespas Mandarinas) e produ��es na Coreia, Hong Kong, Nova Zel�ndia e Col�mbia.
"Vamos contar como a falta de estrutura gerou criatividade para acharmos solu��es, que foram sempre colaborativas. Queremos tentar inspirar outras pessoas a fazerem seus pr�prios projetos", diz Diana � Folha.
PATROC�NIOS
Os dois passaram um ano organizando a viagem e correndo atr�s de patrocinador, que demorou a aparecer —uma companhia a�rea surgiu com passagens pela Europa, um site arranjou hospedagem na �ndia e outras firmas aos poucos se integraram.
No final, pagaram do pr�prio bolso metade dos R$ 330 mil da empreitada, a qual ainda deve virar livro e seriado.
"Todo mundo achava a ideia incr�vel, mas ningu�m acreditava. Ent�o, no in�cio resolvemos fazer sozinhos. Pegamos tudo o que t�nhamos guardado, vendemos o apartamento que t�nhamos acabado de mobiliar e fomos", lembrou Diana, 31, produtora e roteirista de TV. Ela conheceu Leo, diretor de TV, quando trabalhavam juntos num reality show.
Na bagagem, levaram apenas uma c�mera 5D, uma steadycam port�til, quatro lentes e uma caixa de som improvisada. Todos os clipes foram feitos em um plano sequ�ncia, e eram publicados on-line �s segundas. A maioria foi feita sem or�amento ou com o m�nimo poss�vel, quando a banda tinha dinheiro.
�s vezes algu�m aparecia para emprestar uma c�mera melhor, como aconteceu com a banda Linda Martini em Lisboa, ou um f� do projeto surgia para ajudar a achar uma loca��o, como aconteceu com a banda eg�pcia Cairokee. Em Dublin, um grupo de 20 pessoas se mobilizou para o clipe mais complexo da viagem, do grupo Coronas.
"As pessoas reclamam muito que n�o conseguem fazer a pr�pria arte por falta de recursos e investimento, e isto n�o � uma realidade �nica do Brasil, � no mundo inteiro", diz Leo, 36. "Mas, quando o artista olha para o lado e fala do sonho dele para as pessoas certas, estas pessoas v�o ajudar. Nosso projeto foi assim o tempo todo."
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