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EUA impõem sanções contra loja paraguaia
JEANNINE AVERSA
DA ASSOCIATED PRESS
O governo americano impôs ontem um embargo contra um shopping center e
uma loja de eletrônicos paraguaios e sobre nove pessoas
que vivem na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina
e Paraguai. Segundo o Departamento do Tesouro dos
EUA, as instituições e o grupo são parte de um dos principais canais de financiamento da milícia xiita libanesa Hizbollah.
Sob o embargo, cidadãos
americanos ficam proibidos
de fazer negócios com a galeria Pajé e a Casa Hamze.
Além disso, contas bancárias
e outros ativos financeiros
nos EUA que pertençam aos
nove envolvidos serão congelados.
O Tesouro alega que essas
pessoas enviaram ajuda financeira e logística para o
Hizbollah. Os EUA consideram o grupo uma organização terrorista e o culpam por
ter detonado a recente guerra contra Israel que durou 34
dias e deixou centenas de
mortos, a maioria no Líbano.
Financiador
Especificamente, o departamento alega que o grupo
deu suporte financeiro a Assad Ahmad Barakat, que há
anos teve seus ativos congelados pelo Tesouro dos EUA
por ser considerado um financiador do Hizbollah.
"A rede de Assad Ahmad
Barakat na Tríplice Fronteira é uma das principais artérias financeiras para o Hizbollah no Líbano", declarou
Adam Szubin, diretor do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro.
Sem maiores detalhes, o
Departamento de Estado
americano já descreveu a região, onde vivem muitos libaneses, como "um ponto focal para o extremismo islâmico na América Latina".
Os EUA também alegam
que Muhammad Yusif Abdallah, dono da Galeria Pajé, é
um alto líder do Hizbollah na
região e uma importante
fonte financeira do grupo.
O departamento diz ainda
que Abdallah estaria envolvido em contrabando de eletrônicos, falsificação de passaportes, fraudes com cartão
de crédito e tráfico de notas
falsas de dólares.
Hamzi Ahmad Barakat
também foi citado na ação. O
governo dos EUA alega que
ele é um membro do Hizbollah e que serve como fonte
de financiamento ao terrorismo por meio de sua loja de
eletrônicos, a casa Hamze.
Ele também é suspeito de
traficar drogas, armas, explosivos e e dólares falsos, disse
o governo americano.
Hatim Ahmad Barakat,
que viajou ao Chile para recolher dinheiro para o Hizbollah também foi citado.
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