25/12/2002 - 09h49

Papa pede que mundo n�o ceda � desconfian�a em mensagem de Natal

da Folha Online

O papa Jo�o Paulo 2�, 82, lan�ou hoje um apelo para que "o mundo n�o ceda � desconfian�a, apesar do terrorismo", por ocasi�o de sua b�n��o de Natal, na Pra�a de S�o Pedro, no Vaticano.

Reuters - 26.mai.2002

Jo�o Paulo 2�, 82, no Vaticano

O papa disse que o nascimento de Jesus continuava a ser uma mensagem de esperan�a em tempos de guerra, opress�o, sofrimento e solid�o. Ele tamb�m apelou ao mundo que impe�a um conflito no Iraque.

"Jesus nasceu para uma humanidade em busca de liberdade e paz", ele afirmou durante a missa "Urbi et Orbi" (� cidade e ao mundo).

"A crian�a na manjedoura � um sinal de Deus (...) Um sinal de esperan�a �s fam�lias, de paz a todos sofrendo por causa de conflitos, de liberdade aos pobres e oprimidos, de miseric�rdia a todos vivendo em um c�rculo vicioso de pecados e um sinal de amor e consolo aos que se sentem sozinhos e abandonados".

O papa, celebrando o 25� Natal de seu papado, falou pela primeira vez publicamente sobre o Iraque -apesar de n�o ter pronunciado o nome do pa�s- e disse que seguidores de todas as religi�es devem se unir pela paz.

Ele afirmou ainda que todos haviam sido convocados no "Oriente M�dio para extinguir o agourento pesar de um conflito que, com esfor�os conjuntos, pode ser evitado".

O papa manifestou o desejo de que sua mensagem natalina possa ser escutada na Am�rica Latina, na �frica e em outras regi�es afetadas por crises pol�ticas, econ�micas e sociais.

Cr�ticas � "guerra preventiva"
O papa Jo�o Paulo 2� evocou a paz e lembrou as v�timas dos conflitos no mundo, criticando a "guerra preventiva", durante a missa de Natal, celebrada ontem na Bas�lica de S�o Pedro, no Vaticano, diante dos olhares atentos de milhares de peregrinos do mundo inteiro.

"O Menino encostado na pobreza de uma manjedoura, este � o sinal de Deus", disse o Papa em sua homilia natalina.

"Passam os s�culos e os mil�nios, mas fica o sinal e tamb�m vale para n�s, homens e mulheres do terceiro mil�nio. � sinal de esperan�a para toda a fam�lia humana, sinal de paz para os que sofrem por causa de todo tipo de conflito, sinal de liberta��o para os pobres e os oprimidos", clamou o papa.

Durante a Missa do Galo, o Pont�fice continuou evocando Jesus como "sinal de miseric�rdia para quem se encontra no c�rculo vicioso do pecado, sinal de amor e de consolo para quem se sente s� e abandonado".

Para o chefe da Igreja Cat�lica, "na Noite Santa se cumpre a antiga promessa: o tempo da espera terminou e a Virgem d� � luz ao Messias".

"Jesus nasce para a Humanidade que vai em busca de liberdade e de paz. Nasce para todo homem oprimido pelo pecado, necessitado de salva��o e sedento de esperan�a", acrescentou.

"A noite de Natal se converte assim na escola de f� e da vida", ressaltou o papa, iniciando desta forma suas palavras sobre o significado da mais importante comemora��o da Igreja cat�lica.

"Jesus, como disse o ap�stolo Paulo, nos ensina a renunciar � vida sem religi�o e aos desejos mundanos e a levar desde agora uma vida s�bria, honrada e religiosa, aguardando a felicidade que esperamos", disse o papa.

O papa se manifestou contra "a guerra preventiva", referindo-se de modo claro, mas n�o explicitamente, aos preparativos norte-americanos e brit�nicos para uma guerra contra o Iraque.

Com ag�ncias internacionais

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