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06/11/2005
-
14h04
PATR�CIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Bras�lia
A abertura comercial foi o principal tema do encontro do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, com Luiz In�cio Lula da Silva neste domingo. Ao final da reuni�o na Granja do Torto (Bras�lia), que durou cerca de uma hora e meia, os dois presidentes trocaram elogios e defenderam avan�os nas negocia��es da OMC (Organiza��o Mundial do Com�rcio).
Na chegada ao local, o l�der norte-americano enfrentou protestos, e os carros de sua comitiva entraram pela porta dos fundos. Nos discursos feitos no jardim da resid�ncia, os dois n�o fizeram men��o ao teor das manifesta��es --principalmente cr�ticas � pol�tica externa dos EUA (guerra no Iraque e interven��es no Oriente M�dio).
Bush destacou que os Estados Unidos se comprometeram em reduzir seus subs�dios agr�colas, como defende o Brasil, desde que a Uni�o Europ�ia fa�a o mesmo. Ele explicou que, assim como o presidente Lula, ele precisa justificar aos agricultores do seu pa�s a medida como uma oportunidade de acesso a mercados.
Segundo ele, o com�rcio exterior justo e livre � elemento importante na elimina��o da pobreza, no desenvolvimento de um pa�s e na melhoria da qualidade de vida das pessoas. "Quanto mais o Brasil produzir e vender no exterior, mais f�cil ser� encontrar trabalho", disse.
Mesmo demonstrando claramente seu interesse na Alca (�rea de Livre Com�rcio das Am�ricas), Bush disse entender que as negocia��es na rodada de Doha, da OMC, precisam ser resolvidas antes de se voltar para as negocia��es do bloco como uma oportunidade de fortalecimento da regi�o para enfrentar a concorr�ncia de pa�ses como a China e a �ndia. Segundo ele, "o povo tem que ser convencido" de que � poss�vel melhorar a qualidade de vida por meio de um com�rcio mais livre.
Lula apontou o fim dos subs�dios agr�colas como "chave nas negocia��es" comerciais, j� que estes seriam "entraves injustific�veis".
Elogios
A afinidade entre Lula e Bush, definida como uma "rela��o franca" pelo presidente norte-americano, fez com que a reuni�o ampliada, com a participa��o de ministros e autoridades dos dois governos, fosse cancelada.
Os dois presidentes, que deveriam ficar reunidos por 30 minutos para depois participarem de um encontro ampliado de 50 minutos, passaram mais de uma hora e meia reunidos. Junto deles estavam o ministro de Rela��es Exteriores, Celso Amorim, e o assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aur�lio Garcia, pelo lado brasileiro, e a secret�ria de Estado, Condoleezza Rice, e o assessor para Assuntos de Seguran�a Nacional, Stepehn Hadley, acompanhando Bush.
O presidente dos Estados Unidos se disse "impressionado" com as recentes reformas econ�micas, com as pol�ticas para estimular o crescimento das exporta��es no Brasil e elogiou o comprometimento do presidente com o "sentimento do povo", ao fazer refer�ncia ao programa Fome Zero.
O presidente Lula disse que a visita de Bush � "uma oportunidade de di�logo estrat�gico e privilegiado" para a discuss�o de assuntos bilaterais. "A pol�tica externa n�o � s� um meio de proje��o do Brasil no mundo, mas um eixo fundamental no nosso projeto de desenvolvimento", afirmou Lula, antes de concentrar suas declara��es na pol�tica econ�mica.
Lula ressaltou que, em 34 meses de governo, o Brasil aprofundou as rela��es com pa�ses sul-americanos, africanos e emergentes, mas que isso n�o prejudicou as rela��es com os pa�ses desenvolvidos, como os Estados Unidos e a Uni�o Europ�ia, ao contr�rio do que alguns previam quando foi eleito.
"As rela��es econ�micas e comerciais [com os EUA] aumentaram muito", disse o presidente, ao comentar que os EUA s�o o maior parceiro individual do Brasil, o maior mercado que recebe nossas exporta��es, cuja taxas crescem cerca de 7% ao ano, e tamb�m o respons�vel pelos maiores investimentos externos no pa�s.
"Estamos empenhados em liberar entraves comerciais que existem de forma injustificada [em refer�ncia aos subs�dios agr�colas]", disse Lula, para completar que a pol�tica externa brasileira transcende governos. "As diferen�as de ponto de vista foram tratados com franqueza, sem sobressaltos e com considera��o", afirmou.
No encontro, os dois presidentes acertaram trabalhar em coopera��o em novos campos estrat�gicos. "Vamos iniciar uma coopera��o de alto n�vel em ci�ncia e tecnologia, em �reas como biodiversidade e agricultura", informou Lula. Na sa�de, as parcerias seriam nas produ��es de rem�dios contra mal�ria, tuberculose, Aids e amea�as como a pandemia da gripe avi�ria.
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Bush e Lula trocam elogios sobre pol�tica comercial
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da Folha Online, em Bras�lia
A abertura comercial foi o principal tema do encontro do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, com Luiz In�cio Lula da Silva neste domingo. Ao final da reuni�o na Granja do Torto (Bras�lia), que durou cerca de uma hora e meia, os dois presidentes trocaram elogios e defenderam avan�os nas negocia��es da OMC (Organiza��o Mundial do Com�rcio).
AP |
O presidente dos EUA, George W. Bush, deixa o Brasil |
Bush destacou que os Estados Unidos se comprometeram em reduzir seus subs�dios agr�colas, como defende o Brasil, desde que a Uni�o Europ�ia fa�a o mesmo. Ele explicou que, assim como o presidente Lula, ele precisa justificar aos agricultores do seu pa�s a medida como uma oportunidade de acesso a mercados.
Segundo ele, o com�rcio exterior justo e livre � elemento importante na elimina��o da pobreza, no desenvolvimento de um pa�s e na melhoria da qualidade de vida das pessoas. "Quanto mais o Brasil produzir e vender no exterior, mais f�cil ser� encontrar trabalho", disse.
Mesmo demonstrando claramente seu interesse na Alca (�rea de Livre Com�rcio das Am�ricas), Bush disse entender que as negocia��es na rodada de Doha, da OMC, precisam ser resolvidas antes de se voltar para as negocia��es do bloco como uma oportunidade de fortalecimento da regi�o para enfrentar a concorr�ncia de pa�ses como a China e a �ndia. Segundo ele, "o povo tem que ser convencido" de que � poss�vel melhorar a qualidade de vida por meio de um com�rcio mais livre.
Lula apontou o fim dos subs�dios agr�colas como "chave nas negocia��es" comerciais, j� que estes seriam "entraves injustific�veis".
Elogios
A afinidade entre Lula e Bush, definida como uma "rela��o franca" pelo presidente norte-americano, fez com que a reuni�o ampliada, com a participa��o de ministros e autoridades dos dois governos, fosse cancelada.
Os dois presidentes, que deveriam ficar reunidos por 30 minutos para depois participarem de um encontro ampliado de 50 minutos, passaram mais de uma hora e meia reunidos. Junto deles estavam o ministro de Rela��es Exteriores, Celso Amorim, e o assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aur�lio Garcia, pelo lado brasileiro, e a secret�ria de Estado, Condoleezza Rice, e o assessor para Assuntos de Seguran�a Nacional, Stepehn Hadley, acompanhando Bush.
O presidente dos Estados Unidos se disse "impressionado" com as recentes reformas econ�micas, com as pol�ticas para estimular o crescimento das exporta��es no Brasil e elogiou o comprometimento do presidente com o "sentimento do povo", ao fazer refer�ncia ao programa Fome Zero.
O presidente Lula disse que a visita de Bush � "uma oportunidade de di�logo estrat�gico e privilegiado" para a discuss�o de assuntos bilaterais. "A pol�tica externa n�o � s� um meio de proje��o do Brasil no mundo, mas um eixo fundamental no nosso projeto de desenvolvimento", afirmou Lula, antes de concentrar suas declara��es na pol�tica econ�mica.
Lula ressaltou que, em 34 meses de governo, o Brasil aprofundou as rela��es com pa�ses sul-americanos, africanos e emergentes, mas que isso n�o prejudicou as rela��es com os pa�ses desenvolvidos, como os Estados Unidos e a Uni�o Europ�ia, ao contr�rio do que alguns previam quando foi eleito.
"As rela��es econ�micas e comerciais [com os EUA] aumentaram muito", disse o presidente, ao comentar que os EUA s�o o maior parceiro individual do Brasil, o maior mercado que recebe nossas exporta��es, cuja taxas crescem cerca de 7% ao ano, e tamb�m o respons�vel pelos maiores investimentos externos no pa�s.
"Estamos empenhados em liberar entraves comerciais que existem de forma injustificada [em refer�ncia aos subs�dios agr�colas]", disse Lula, para completar que a pol�tica externa brasileira transcende governos. "As diferen�as de ponto de vista foram tratados com franqueza, sem sobressaltos e com considera��o", afirmou.
No encontro, os dois presidentes acertaram trabalhar em coopera��o em novos campos estrat�gicos. "Vamos iniciar uma coopera��o de alto n�vel em ci�ncia e tecnologia, em �reas como biodiversidade e agricultura", informou Lula. Na sa�de, as parcerias seriam nas produ��es de rem�dios contra mal�ria, tuberculose, Aids e amea�as como a pandemia da gripe avi�ria.
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