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04/10/2005 - 19h19

Relator do processo contra Dirceu diz que "ainda aguarda depoimentos"

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L�CIA BAKOS
da Folha Online

O relator do processo contra o deputado Jos� Dirceu (PT-SP) no Conselho de �tica da C�mara, J�lio Delgado (PSB-MG), afirmou nesta ter�a-feira que est� "aguardando as testemunhas de acusa��o" prestarem depoimento no Conselho. O prazo final para ele concluir o relat�rio e encaminh�-lo ao plen�rio da Casa para vota��o encerra-se no dia 8 de novembro.

Para dar o parecer no relat�rio, Delgado precisaria ouvir antes o presidente do banco BMG, Fl�vio Guimar�es, o empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza e sua mulher, Renilda Santiago.

O ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares tamb�m foi convidado a prestar depoimento no Conselho. O pedido, nesse caso, foi feito pelo pr�prio relator e pela deputada Ann Pontes (PMDB-PA).

Para que ao final dos 90 dias de prazo o processo entre realmente na pauta de vota��es do plen�rio da C�mara, Delgado tem como alternativa concluir o seu relat�rio utilizando os depoimentos das tr�s testemunhas de acusa��o (Guimar�es, Marcos Val�rio e Renilda) feitos na PGR (Procuradoria-Geral da Rep�blica), na Pol�cia Federal e nas CPIS dos Correios e do Mensal�o.

Assim, o relator poderia encerrar a instru��o do processo, sob alega��o da falta de disponibilidade dos depoimentos dos arrolados no processo.

Quando o processo for colocado em plen�rio, a pauta de vota��es da C�mara ficar� trancada at� a vota��o do processo. A �nica exce��o � para mat�rias de urg�ncia constitucional.

A �nica testemunha de acusa��o ouvida at� agora no processo foi a presidente do Banco Rural K�tia Rabello.

"Todos da defesa j� foram ouvidos, mas os de acusa��o t�m adiado os depoimentos. O Fl�vio Guimar�es, por exemplo, � a terceira vez que � convidado a depor e n�o comparece", disse Delgado.

Conforme o deputado, Guimar�es sempre alega estar com problemas de press�o arterial. J� Marcos Val�rio, apontado como operador financeiro do "mensal�o", sequer respondeu �s solicita��es do Conselho, segundo Delgado. "O Conselho n�o pode convocar, s� pode convidar", informou. "S�o atitudes totalmente protelat�rias", acrescentou.

Sem confrontamentos

Al�m da presidente do Banco Rural, os integrantes do Conselho j� ouviram as seis testemunhas de defesa de Dirceu: o atual presidente da C�mara, Aldo Rebelo, o l�der do PT na C�mara, Arlindo Chinaglia (SP), o ex-presidente do PT Jos� Genoino, o deputado Eduardo Campos (PSB-PE) e o escritor Fernando Morais. O ministro da Justi�a, M�rcio Thomaz Bastos --tamb�m defesa de Dirceu-- enviou seu depoimento por escrito.

Delgado afirmou ainda que os depoimentos das defesas de Dirceu "n�o confrontaram com o dado pela testemunha de acusa��o K�tia Rabello". De acordo com ele, K�tia teria sido a �nica que concedeu informa��es sobre o deputado petista no per�odo em que ele atuava como ministro da Casa Civil. "As demais pessoas [de defesa] falaram do Dirceu enquanto presidente do PT para tr�s", disse.

J� sobre o depoimento de K�tia e o de Dirceu, o deputado afirmou que "tiveram grandes contradi��es" nos dois. No �ltimo dia 22, K�tia afirmou que Marcos Val�rio era um "facilitador" de neg�cios para o banco no governo porque tinha forte liga��o com petistas e com o governo federal. Por outro lado, K�tia tamb�m afirmou que Dirceu nunca concedeu benef�cios ao Banco Rural.

"A melhor forma de se checar essas contradi��es era ouvir o Fl�vio e o Val�rio", afirmou Delgado.

Citado em diversos depoimentos como um dos cabe�as do "mensal�o", Dirceu responde a processo de cassa��o, movido pelo PTB, por quebra de decoro parlamentar.

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