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17/09/2005 - 10h48

Janene teria montado esquema de "mensalinho" em Londrina, diz revista

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da Folha Online

O l�der do PP, Jos� Janene (PR), virou alvo de uma nova acusa��o. Reportagem da revista "Isto�" que chegou neste final de semana �s bancas acusa Janene de montar um esquema de corrup��o em parceria com o ex-prefeito de Londrina, Ant�nio Belinati --que foi cassado e preso no final do mandato, em 2002. Esse esquema, que teria sido operado entre o final de 1997 e o in�cio de 1999, funcionaria pelo sistema de "mensalinho" e teria rendido R$ 7,784 milh�es, segundo o Minist�rio P�blico paranaense.

A nova den�ncia complica ainda mais a situa��o de Janene, que consta do relat�rio preparado pelas CPIs dos Correios e do Mensal�o, que listava deputados com ind�cios suficientes para quebra de decoro parlamentar e, portanto, pass�vel de perda do mandato.

Na lista entregue pelo empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza, o deputado aparece como benefici�rio de R$ 4,1 milh�es que teriam sido sacados pelo assessor Jo�o Claudio Genu. Janene afirmou que o partido passava por problemas financeiros e que, com parte do dinheiro, o PP pagou um advogado que defenderia um integrante da bancada.

Procurado pela reportagem, Janene informou por meio de sua assessoria n�o comentaria a mat�ria da "Isto�", pois j� tem tr�s processos contra a revista. Pessoas pr�ximas ao deputado disseram que ele identifica uma campanha por parte da revista contra ele. Prova disso seria a reportagem deste final de semana , que trataria de uma a��o que est� em fase de inqu�rito h� cinco anos.

Reportagem da Isto�

De acordo com o levantamento do Minist�rio P�blico do Paran�, a parceria entre Janene e Belinati consistia na arrecada��o de propinas dos prestadores de servi�os p�blicos. A mulher do parlamentar, Stael Fernanda Rodrigues Lima Janene, tamb�m teria participado do esquema. Ela teria recebido R$ 393 mil numa conta que mantinha no Bradesco.

De acordo com o levantamento do Minist�rio P�blico paranaense, os dep�sitos feitos pelas empresas prestadoras de servi�os ocorriam sempre entre os dias 10 e 14 de cada m�s e tinham valor fixo. Dos 19 cr�ditos identificados, apenas tr�s apresentam cifras diferentes R$ 30 mil, R$ 22 mil e R$ 5 mil. Os outros 16 seriam de R$ 21 mil.

Os repasses, segundo o Minist�rio P�blico paranaense, eram a contrapartida de um esquema paralelo, acertado entre Janene e os diretores das empresas T�mara Servi�os T�cnicos e Principal Vigil�ncia, Henrique C�sar Galli e Jos� Luiz Sander.

Segundo a reportagem da "Isto�", as empresas --com endere�os declarados em Iguara�u (PR)-- teriam contribu�do com um esquema de corrup��o montado em dois �rg�os municipais, a Autarquia Municipal do Ambiente (AMA) e a Companhia Municipal de Urbaniza��o (Comurb).

A reportagem informa ainda que a secret�ria das empresas, V�nia Maria Jolo, contou que foi orientada a abastecer a conta de Stael Fernanda para cumprir acordo de seus chefes com Janene. Uma das pessoas encarregadas de apanhar o dinheiro em esp�cie, segundo ela, era a secret�ria do deputado, que ela conhece por Rosa.

Nas den�ncias, os promotores do Paran� relacionam os per�odos dos desvios � fartura de recursos nos cofres da Prefeitura de Londrina como conseq��ncia da venda de 45% das a��es da empresa da Sercomtel (Servi�os de Comunica��es Telef�nicos) � Copel (Companhia Paranaense de Energia El�trica) em 1998. A opera��o teria rendido para a administra��o de Belinati R$ 186 milh�es e a prefeitura ainda ficou com 55% do capital da empresa.

Desse caixa, segundo a revista "Isto�" teriam sa�do os recursos para o FUL (Fundo de Urbaniza��o de Londrina), administrado pela Comurb --onde Janene indicou, entre outros, o diretor financeiro, o advogado Eduardo Alonso.

Favorecido pela dela��o premiada, Alonso contou aos procuradores que Janene, atendendo a um pedido de Belinati, pediu que ele intermediasse um contato para que a troca de cheques emitidos por duas empresas de Curitiba, a Nova Forma e a Kesikowski, fosse feita em S�o Paulo. O dinheiro teria sido repassado � Realty Investimentos, Participa��es e Empreendimentos.

De acordo com os procuradores, a maior parte dos recursos supostamente desviados nos 11 casos listados saiu da Comurb. Os promotores garantem que as investiga��es provam que a Comurb foi alvo de uma grande quadrilha montada para "assaltar os cofres p�blicos". Segundo eles, os recursos arrecadados "deram e dariam" suporte aos interesses pessoais de Janene e Belinati, principalmente no financiamento de campanhas eleitorais.

O Minist�rio P�blico paranaense enviou as provas contra Janene ao Conselho de �tica da C�mara e ao Supremo Tribunal Federal. Os promotores pedem a devolu��o do dinheiro, o bloqueio dos bens e a suspens�o dos direitos pol�ticos do l�der do PP e de Belinati por oito anos.

Outro lado

A assessoria de Janene informou que o deputado n�o vai comentar a reportagem porque move tr�s a��es judiciais contra a revista "Isto�" e v� uma "campanha" da publica��o contra ele. Al�m disso, a assessoria lembra que a a��o que serve de base para a reportagem est� em fase de inqu�rito j� h� cinco anos.

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