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Site americano exp�e atletas gays nos Jogos e recebe cr�ticas nas redes sociais

Um artigo publicado pelo site americano "Daily Beast", em que um rep�rter usou aplicativos de paquera na Vila Ol�mpica e acabou tirando do arm�rio uma s�rie de atletas, incendiou a internet nos �ltimos dias. Mesmo sem citar nomes, a reportagem assinada por Nico Hines dava detalhes, como peso, altura, l�ngua e nacionalidade, que permitiam identificar competidores.

Muitos deles n�o s�o assumidos e v�m de pa�ses onde a homossexualidade ainda � considerada um crime.

Em menos de uma hora depois da publica��o na �ltima quinta, o artigo foi editado para eliminar esses detalhes. Mais tarde, no que chamou de "medida sem precedentes", o site tirou a reportagem do ar, pedindo desculpas. "Est�vamos errados. E lamentamos", dizia a nota do editor-chefe do "Daily Beast", John Avlon.

Mas o estrago j� estava feito. O texto de Hines provocou fortes rea��es de outros ve�culos. Enquanto o jornal brit�nico "The Guardian" e o americano "The New York Times" noticiaram o epis�dio, Mark Joseph Stern, do Slate, chamou o caso de "selvagemente anti�tico". O Salon classificou o artigo de "irrespons�vel" e "homof�bico", enquanto o Huffington Post disse que o "Daily Beast" sofria com as consequ�ncias.

Nas redes sociais, n�o faltaram tu�tes e coment�rios repudiando o site e a conduta de seu rep�rter, que se identifica como heterossexual, casado e pai de um filho. Ele diz ter se identificado como jornalista nos aplicativos, em especial o Grindr, direcionado a homens gays, t�o logo fosse questionado, mas admitiu que criava ali uma armadilha ao marcar encontros com alguns atletas.

O nadador tongan�s Amini Fonua, gay assumido, atacou Hines e seu artigo. "Imagine o �nico lugar em que voc� se sente seguro arruinado por um h�tero que acha que tudo � uma brincadeira", tuitou, lembrando que ser gay em Tonga n�o � permitido e que a reportagem expunha essas pessoas -uma delas um atleta de 18 anos, segundo ele- ao perigo e � persegui��o. A homossexualidade hoje � ilegal em 78 pa�ses e em 13 deles pode ser punida com a morte se for provado o ato de "sodomia".

Segundo o site OutSports, s� 48 atletas dos 10,5 mil que competem na Rio 2016 s�o gays assumidos -mesmo uma fra��o do total, esse � o n�mero mais alto de atletas LGBT numa Olimp�ada, segundo a rede de not�cias CNN.

Rafaela Silva, a judoca brasileira que ganhou a medalha de ouro, falou sobre sua sexualidade s� depois de sua conquista. Outra brasileira, a jogadora de r�gbi Isadora Cerullo, pediu sua namorada em casamento depois de uma partida nos Jogos. Antes mesmo da competi��o, um casal de homens trocou um beijo no revezamento da tocha ol�mpica.

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