Real Madrid faz 4 a 1 na Juventus e � campe�o da Liga dos Campe�es
O Real Madrid cumpriu a miss�o hist�rica a que se prop�s ao chegar em Cardiff. Com 45 minutos finais impec�veis, o campe�o espanhol engoliu a Juventus, goleou por 4 a 1 e conquistou a Liga dos Campe�es pela 12� vez. Ningu�m venceu tanto no torneio.
A Juventus foi derrotada pela s�tima vez em finais. Ningu�m perdeu tanto.
Campe�o em 2016, o Real Madrid foi o primeiro time, desde o Milan de 1990, a ganhar a competi��o por dois anos consecutivos. N�o parecia que seria t�o f�cil.
A Juventus come�ou pressionando, com coragem. Como Daniel Alves havia pedido na sexta (2), antes do treino da equipe. Com jogadas pela esquerda com Mandzkuvic e a movimenta��o de Dybala, os italianos conseguiam atacar. Pjanic quase abriu o placar aos seis minutos, em chute da entrada da �rea. Kaylor Navas conseguiu espalmar.
O Real Madrid s� melhorou quando a marca��o na sa�da de bola do advers�rio come�ou a funcionar, restringindo os espa�os para os volantes da Juventus. Khedira errou passes e Carvajal apareceu com mais presen�a pela direita.
Aos 20 min, em uma dessas jogadas, ele cruzou rasteiro para Cristiano Ronaldo chutar cruzado e fazer o primeiro do Real Madrid.
Foi a terceira final de Liga dos Campe�es em que o portugu�s marcou. Ele j� havia anotado em 2008, pelo Manchester United (ING) contra o Chelsea (ING) e em 2014, pelo Real Madrid, diante do Atl�tico de Madri. Foi o segundo jogador da hist�ria do torneio a fazer gols em decis�es por duas equipes diferentes.
Foi tamb�m o gol 500 do Real Madrid na Liga dos Campe�es, a primeira equipe a atingir essa marca.
A comemora��o amansou Cristiano Ronaldo em campo, mas n�o muito. Ele passou a ter 11 gols em 13 partidas na competi��o, mas continuou impaciente, sinalizando o tempo inteiro e gritando com os companheiros. Parecia achar que estava isolado demais na frente.
A Juventus prosseguiu no mesmo ritmo e foi Khedira quem passou a amea�ar como elemento-surpresa a aparecer do meio no ataque. O empate n�o demorou a chegar e teve uma dose do inusitado. Aos 26, o croata Mandzukic, famoso por ser um jogador de �rea, artilheiro, mas de pouca capacidade t�cnica, recebeu passe de peito de Higua�n na �rea. Ele acertou uma meia-bicicleta no �ngulo direito, que encobriu Kaylor Navas.
Foi a segunda final de Liga em que ele fez gol. J� havia acontecido o mesmo em 2013, quando abriu o placar para o Bayern de Munique (ALE).
Os jogadores do Real Madria aparentavam nervosismo com as marca��es do �rbitro alem�o Felix Brych. Especialmente nas faltas. Era uma irrita��o tamb�m porque o plano de jogo n�o funcionava como Zinedine Zidane planejou. A Juventus n�o criou mais chances claras, mas continuou com dom�nio.
No intervalo, tudo isso mudou. Nos 45 minutos finais, o Real Madrid passou o rolo compressor. Atuando com mais velocidade, e com um jogo vertical, os espanh�is conseguiram tomar conta da final.
Marcelo foi presen�a mais constante no ataque, aproveitando o espa�o deixado por Daniel Alves e pelo que parece ser uma determina��o de Zidane, os cruzamentos passaram a ser para tentar aproveitar defici�ncia de Barzagli na marca��o.
Mas como j� aconteceu tantas vezes na hist�ria do Real Madrid na Liga dos Campe�es, o golpe decisivo foi obtido com a mistura de compet�ncia, ousadia e sorte. O brasileiro Casemiro pegou um chute da intermedi�ria, que desviou em Khedira. A bola n�o saiu forte, mas foi no canto esquerdo. Buffon j� conseguiu fazer defesas em lances parecidos. Mas neste s�bado deixou passar. O segundo gol do Real foi um golpe quase fatal.
"As�, as�, as� gana Madrid", gritou a torcida do Real no Millennium Stadium. Uma ironia porque este � o canto dos torcedores advers�rios quando o time mais vencedor da Espanha vence com ajuda da arbitragem.
Ainda faltava o �ltimo golpe. Cristiano Ronaldo completou no primeiro pau cruzamento rasteiro e decretou o t�tulo do Real Madrid.
Foi um lance cheio de conota��es para o portugu�s. Chegou aos 600 gols na carreira no seu quarto t�tulo da Liga dos Campe�es. Venceu em 2008 com o Manchester United (ING) e em 2014, 2016 e 2017. Virou de novo favorito para ser eleito melhor do mundo e, com a quinta conquista, empatar com seu grande rival no futebol: Lionel Messi.
Quando aconteceu o terceiro, a Juventus se apequenou em campo. Desistiu do jogo. S� teve tempo para Cuadrado ser expulso por falta violenta. Zinedine Zidane colocou Bale na partida e deu chance para o gal�s jogar em sua cidade natal. Aos 44 min, para enterrar de vez o rival italiano, derrotado em final de Liga dos Campe�es pela s�tima vez (o maior perdedor), Asensio completou bela jogada de Marcelo e marcou o quarto gol.
Virou um passeio.
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