J� volta para 'casa', torna-se decisivo e p�e fim � desconfian�a dos corintianos
Discreto e arrependido pelos erros cometidos no passado, J�, 30, retornou ao Corinthians em 2017 ap�s 12 anos sob desconfian�a.
Sua imagem ap�s o vexame da sele��o no Mundial de 2014, no qual foi reserva de Fred, estava arranhada. Naquela mesma temporada ficou 13 meses sem balan�ar as redes pelo Atl�tico-MG.
Ele sabia que o segredo para espantar qualquer d�vida sobre o seu futebol era marcando gols. E foi o que fez.
Vaiado na segunda rodada do Campeonato Paulista na derrota por 2 a 0 para o Santo Andr�, J� deu uma r�pida reviravolta, e em pouco menos de tr�s meses caiu nas gra�as dos corintianos como o "Rei dos cl�ssicos".
Nos cinco duelos do time alvinegro no ano contra os grandes clubes paulistas (Palmeiras, S�o Paulo e Santos), o atacante fez gol em todos. Tornou-se decisivo e pe�a fundamental no esquema t�tico de F�bio Carille.
"Al�m de jogador do Corinthians, o J� � corintiano desde crian�a. Veio com muito amor, muito prazer. Ele voltou para a casa dele, de onde nunca deveria ter sa�do", resumiu o pai do jogador, Francisco Dario de Assis Silva, sobre o sucesso do filho nos cl�ssicos.
Outro fator preponderante para o bom momento do atacante nascido em Sapopemba, zona leste de S�o Paulo, foi o seu distanciamento das bebidas alco�licas.
Quando chegou ao Internacional, em 2011, J� come�ou a ter problemas com o �lcool. As noitadas e baladas faziam parte de sua rotina. No Atl�tico-MG, em 2012, a situa��o piorou quando convivia com Ronaldinho Ga�cho.
� Folha, no fim de novembro do ano passado, ele revelou que decidiu mudar quando estava "perdendo tudo".
"A minha vida estava sem sentido, me afundando e ficava um vazio", contou.
Saiu do Atl�tico-MG em 2015 e passou um per�odo com os pais, que hoje moram no Tatuap�, e encontrou o ref�gio que precisava.
"Ele viu que o ponto a que chegou n�o era interessante para ningu�m. Quando foi afastado do Atl�tico e veio para minha casa e a fam�lia teve um peso muito grande na vida dele", lembra Dario.
Neste domingo, J� pode dar um passo importante para conquistar o seu primeiro trof�u ap�s recupera��o.
Segundo o seu pai, o atacante preferia enfrentar o Palmeiras na final. J� acredita que a Ponte Preta � um time muito organizado e com fome de t�tulo. As equipes jogam neste domingo (30), �s 16h, no Mois�s Lucarelli.
PUX�O DE ORELHA
Al�m de ficar marcado por ser cir�rgico nos cl�ssicos, J� tamb�m foi personagem de um dos lances mais emblem�ticos do Paulista.
Na primeira semifinal entre Corinthians e S�o Paulo, J� tentou alcan�ar um passe longo e o goleiro Renan Ribeiro, do S�o Paulo, saiu para fazer a defesa, protegido por Rodrigo Caio. Ap�s ver o goleiro reclamar de um pis�o na perna, o �rbitro Luiz Fl�vio de Oliveira mostrou cart�o amarelo ao atacante.
Seria o seu terceiro no torneio, o que o deixaria suspenso do jogo de volta. Mas o zagueiro s�o-paulino disse a verdade para o juiz: fora ele o autor do pis�o involunt�rio em Renan. O cart�o foi anulado.
"Depois desse caso n�s passamos duas horas conversando sobre, e o J� achou muito legal a atitude do Rodrigo Caio. � claro que eu tive que lembr�-lo que contra o S�o Bento ele tinha simulado p�nalti e n�o avisou nada pro juiz. Ele me disse que naquele caso era diferente (risos)", finalizou Dario, que n�o evitou dar um "pux�o de orelha" em J�.
Estat�sticas de J� e Pottker - Atacantes s�o decisivos em Corinthians e Ponte Preta
NA TV
Ponte Preta x Corinthians, Mois�s Lucarelli
16h - Globo e SporTV
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