Alunos trocam cursinho por aulas on-line para economizar tempo e dinheiro
Em S�o Paulo, um curso pr�-vestibular tradicional chega a custar R$ 30 mil por ano. Para Cl�udia Rose, 19, por�m, passar em medicina custou muito menos: uma anuidade de R$ 89 em um site de videoaulas.
"Estudei em escola p�blica e n�o tinha condi��es de pagar um cursinho", conta a estudante da Faculdade de Medicina do ABC, que optou pelo Descomplica, um cursinho on-line em que a modalidade mais cara custa cerca de R$ 260 por ano.
O site, que tamb�m disponibiliza simulados, corre��o de reda��es e plant�es de d�vidas, � a maior plataforma de ensino on-line paga no Brasil, com acesso de 8,5 milh�es de pessoas por m�s.
Karime Xavier/Folhapress | ||
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Cl�udia Rose, 19, estuda em sua casa, em Santo Andr� (SP) |
Entre seus concorrentes, est�o outros sites pagos, como o Me Salva!, o Stoodi e O Kuadro. Todos t�m canais no YouTube em que postam parte de seus v�deos, que servem de vitrine para a divulga��o dos cursinhos on-line.
"� a primeira vez no Brasil que a gente pode levar um produto com a mesma qualidade educacional para qualquer lugar do pa�s", afirma o professor Ivys Urquiza, que divulga seus v�deos no canal F�sica Total.
A facilidade de acesso, as explica��es did�ticas exibidas nos v�deos e os pre�os mais em conta s�o os fatores citados pelos alunos para justificar a prefer�ncia por estudar pela internet.
"A escola acaba ficando desinteressante, porque v� os alunos como passivos. Ent�o os estudantes procuram um material dentro do contexto da gera��o deles", afirma Patricia Cavalcante, professora da faculdade de educa��o da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
DIST�NCIA
Thamires Silva Rocha, 21, demorava tr�s horas para ir at� um cursinho no centro de S�o Paulo, que acabou trocando pelo Stoodi, onde ela assiste a aulas de manh� e faz exerc�cios � tarde.
"As seis horas que eu gastava no tr�nsito s�o seis horas fazendo exerc�cio. Na videoaula voc� n�o perde nada. Se voc� n�o entende, pode voltar e repetir de novo", diz a vestibulanda, que tenta entrar no curso de medicina.
Quem tamb�m trocou o cursinho pela internet foi o professor de biologia Paulo Jubilut, que tem milhares de assinantes em seu site, Biologia Total, e acumula quase 3 milh�es de f�s nas redes sociais.
"Nos grandes centros, a gente acha que todo mundo faz cursinho. Mas a maioria dos estudantes brasileiros n�o tem acesso a um professor mais descolado, tranquilo. Foi isso que impulsionou os meus v�deos no YouTube", diz Jubilut, que come�ou a gravar v�deos ap�s sair de um pr�-vestibular em Curitiba.
O engenheiro Bruno Werneck, que grava aulas para O Kuadro, tamb�m aponta para um p�blico-alvo de alunos de cidades do interior. "Usar a internet � mais barato que se mudar para um lugar onde tem pr�-vestibular. A gente d� suporte aos alunos pelo Whatsapp, por exemplo."
Bruno Santos/Folhapress | ||
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Thamires Silva Rocha, 21, em casa, na zona leste de S�o Paulo |
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