Empres�rio investe R$ 25 mi e cria resort country em Barretos
Um dia, com sede, o advogado paulistano Eduardo Ferreira Leite, 55, parou em um hotel, quase uma pens�o de beira de estrada. Sem nunca ter se aventurado no setor, ap�s conversas com o ent�o propriet�rio, saiu do local como dono, hoje um resort country que recebeu investimentos de R$ 25 milh�es.
Essa trajet�ria ins�lita come�ou h� quase 20 anos, em 1995, em Barretos (a 423 km de S�o Paulo), quando ele e seu ent�o s�cio pararam para tomar �gua no hotel Albatroz, que tinha dez funcion�rios e 7.000 m2 de �rea e passava por dificuldades.
Ap�s investimentos t�midos, Leite –que se divide entre seu escrit�rio, na capital, e o hotel– foi a Barretos em 1998 conhecer a tradicional Festa do Pe�o de Boiadeiro, uma ilustre desconhecida para ele. Disse ter ficado encantado e decidiu tematizar seu hotel para tentar crescer.
"Descobri que o nome Albatroz n�o tinha nada a ver com o esp�rito da cidade."
Edson Silva/Folhapress | ||
O advogado e empres�rio Eduardo Ferreira Leite, 55, no Barretos Country |
Surgiu o Barretos Country Hotel, hoje com 110 mil m2, incluindo um centro de conven��es de 2.000 m2 que consumiu R$ 6 milh�es, e cem funcion�rios.
A decora��o de fazenda tomou conta, o restaurante passou a oferecer refei��es como a Queima do Alho –alimenta��o de pe�es que tocavam boiada– e � comum ver chap�us e botas no espa�o, al�m de ouvir m�sica sertaneja.
O hotel se desenvolveu num per�odo em que surgiram outros empreendimentos na cidade, como o Ibis.
Apesar disso, os 1.600 leitos de Barretos s�o insuficientes para a demanda de frigor�ficos, Hospital de C�ncer, Ircad (filial do instituto franc�s refer�ncia mundial em pesquisa e treinamento em cirurgias laparosc�picas e rob�ticas) e turismo de lazer.
"H� poucos leitos. Ol�mpia [vizinha] tem 10 mil e pode fechar 2015 com 15 mil", disse Adriano Santos, secret�rio do Turismo de Barretos e gerente-geral do resort.
Para tentar desenvolver o turismo local –e elevar a ocupa��o dos hot�is, hoje em 50%–, a prefeitura elabora um invent�rio e o plano diretor da �rea, para tentar ser oficialmente um munic�pio de interesse tur�stico.
Ol�mpia (a 434 km de S�o Paulo) cresceu impulsionada pelo boom imobili�rio e por suas �guas termais, curiosamente o que gerou problemas ao resort barretense.
Em 2009, um investimento de R$ 600 mil para captar �guas termais e abastecer o parque aqu�tico do local foi "travado", ap�s irregularidades apontadas pelo DNPM (Departamento Nacional de Produ��o Mineral).
Os po�os que atendiam o hotel foram lacrados, devido ao uso de �gua do aqu�fero Guarani, que apresentou rebaixamento de cem metros na cidade, conforme o �rg�o.
Segundo Santos, um dos objetivos � criar um roteiro que contemple visitas a f�bricas –de chap�us e canivetes, por exemplo– e ao recinto da Festa do Pe�o. Para isso, enviou projeto ao Minist�rio do Turismo e tenta obter um �nibus de dois andares.
Embora j� tenha um dos maiores hot�is da regi�o, Leite comprou uma nova �rea de quatro alqueires que contemplar� um condom�nio estudantil com 64 apartamentos e mais apartamentos para os h�spedes do hotel: 192, ante os atuais 77.
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