Prefeito interino de SP, vereador copia Doria, se veste de gari e corta grama
Mastrangelo Reino/Folhapress | ||
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Milton Leite (DEM) se veste de gari ao participar de a��es do programa Cidade Linda |
Com a mesma roupa de gari que virou esp�cie de item obrigat�rio da indument�ria de representantes da prefeitura, o prefeito em exerc�cio de S�o Paulo, Milton Leite (DEM), seguiu � risca o prefeito Jo�o Doria (PSDB) e saiu cortando grama numa pra�a da zona sul da cidade, seu reduto eleitoral.
Esp�cie de comandante da base aliada de Doria (PSDB) no Legislativo, o presidente da C�mara assumiu o posto porque o tucano e o vice-prefeito, Bruno Covas (PSDB), est�o em viagem oficial, respectivamente para Nova York e Londres.
Leite estreou como prefeito onde costuma ter fartura de votos, na regi�o de Parelheiros, e participou das a��es de zeladoria da opera��o Cidade Linda, criada por Doria.
Seu p�riplo neste fim de semana –em agenda cheia como costuma ser a de Doria – inclui a festa de anivers�rio da escola de samba Estrela do Novo Mil�nio, no Graja�, da qual Leite � patrono, na noite deste s�bado.
Durante a opera��o, ele foi seguido por um pequeno grupo de eleitores que gritava seu nome enquanto ele caminhava em frente ao terminal de �nibus Varginha.
Ele usou uma roupa de gari laranja. Tinha a op��o de usar uma verde, por�m, por ser corintiano pediu a outra cor. "Pelo menos a luva � branca e preta", disse.
Come�ou o trabalho manejando uma m�quina para cortar o mato numa pra�a ao lado do terminal de �nibus. Depois, testou a nova ilumina��o da pra�a, que est� sendo recuperada. "Essa pra�a estava abandonada na gest�o anterior", disse Leite.
Em seguida, entrou num �nibus com ar-condicionado, parte da nova frota da empresa Transwolff, que opera na regi�o. Leite tem forte liga��o com o setor e se declara defensor dos antigos perueiros, que atuam dentro dos bairros da cidade.
"Estou dando continuidade ao trabalho do prefeito, que n�o pode parar. Mostrar que mesmo na aus�ncia dele a cidade tem continuidade, tem vida", disse ele, que ainda participou de reuni�o com lideran�as de moradores da regi�o.
Mais cedo, acompanhando do secret�rio de Transportes, S�rgio Avelleda, visitou obras vi�rias numa �rea rural na mesma regi�o, onde as vias prec�rias passam por readequa��o.
"� uma via que tem 15 km em estrada de terra. � uma demanda n�o feita na gest�o anterior. �nibus atolavam ali com mulheres gr�vidas dentro, agora podem circular", disse. E falou que neste ano ainda deve ser entregue o hospital de Parelheiros, obra iniciada pela gest�o do antecessor Fernando Haddad (PT) e que emperrou no ano passado.
Neste domingo, ele ir� para a regi�o do M'Boi Mirim, seu mais significativo reduto. Foi l� que ele esteve com Doria no ano passado, levando centenas de eleitores junto.
Leite foi o terceiro vereador mais votado e teve uma campanha eleitoral digna de prefeito, com gastos da ordem de R$ 2,2 milh�es. Foi eleito presidente da C�mara desbancando o tucano Mario Covas Neto, que reclamou da falta de apoio do pr�prio partido.
O prefeito em exerc�cio negou que a agenda em seu reduto tenha sido planejada.
"Segunda-feira estarei na regi�o de Perus-Pirituba, a agenda � pr�-determinada", disse.
PRIVATIZA��ES
Em seu curto per�odo � frente da prefeitura (apenas 5 dias) Leite pode se tornar o autor de uma lei que � parte do pacote de desestatiza��es de Doria, aprovado na C�mara, presidida por Leite.
O projeto estabelece um grupo de conselheiros (todos secret�rios municipais) que definir�o os processo de privatiza��es, concess�es e parcerias-p�blico privadas, al�m do fundo para onde a receita obtida com elas ser� colocado.
"Faremos uma an�lise da parte t�cnica, da reda��o final da lei. De posse dela, deveremos fazer a san��o, sim", afirmou.
O projeto � criticado pela oposi��o, que o chama de "cheque em branco" para vender 55 equipamentos p�blicos da cidade, sem participa��o da sociedade na discuss�o.
O texto aprovado obriga a prefeitura a usar a verba apenas em investimentos em �reas sociais.
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