Ratos e sujeira degradam av. Nove de Julho, onde Doria far� 1� a��o p�blica
Quem a v� elegante e rica em uma ponta sequer imagina que, perto de onde nasce, est� feia, suja e cheirando mal. Por isso, a avenida Nove de Julho, que leva motoristas da regi�o dos Jardins, �rea nobre da zona oeste, ao centro da cidade, ser� palco do primeiro dia �til de trabalho de Jo�o Doria (PSDB), na Prefeitura de S�o Paulo.
O tucano far� com secret�rios uma esp�cie de mutir�o de "limpeza simb�lica" no dia 2 de janeiro, estreia do programa Cidade Linda, de zeladoria urbana –um dos principais gargalos da atual administra��o da cidade. Ao lado de seu secretariado, Doria deve usar um uniforme de gari para limpar a via.
A regi�o mais cr�tica da avenida est� sob o viaduto Dr. Pl�nio de Queiroz, principalmente na pra�a 14 Bis, onde dezenas de barracas de moradores de rua, ratos, odor de urina e fezes e in�meros pedestres em dire��o a pontos de �nibus se misturam em uma sinfonia ca�tica que, segundo comerciantes e moradores, "acabou com a regi�o".
Desde o come�o do ano, tapumes isolam a �rea da pra�a sob o viaduto, onde ser� constru�da uma esta��o da futura linha 6-laranja do Metr�. Mas isso for�ou as pessoas que viviam ali a se espalharem por outros lugares e at� exp�s alguns a chuvas.
"Tiraram a gente l� debaixo e nem come�aram a obra, qual o sentido?" reclama uma moradora de rua que n�o quis se identificar. Dono de uma pizzaria na regi�o, Cl�vis da Rocha, 50, diz que perdeu 80% dos clientes desde que o local come�ou a ficar degradado, h� cerca de dois anos, segundo ele.
"Antes, as mesas aqui na cal�ada ficavam lotadas. N�o tem mais ningu�m", reclama. Ele diz que, em reuni�o, Doria prometeu melhorias.
RATOEIRA
O alarme do lava-r�pido de Alexandre Cocheli, 43, dispara com frequ�ncia de madrugada. Mas ele nem se preocupa mais: sabe que � alta a chance de serem s� ratos vasculhando o local -coisa que n�o existia antes, garante.
Em frente ao lava-r�pido, h� cerca de 20 barracas de moradores de rua. "Eles n�o fazem nada, tem muita m�e com crian�a. Mas assusta quem n�o est� acostumado", afirma ele. Poucos metros separam o estabelecimento da Fecomercio (federa��o de comerciantes) e do hospital S�rio-Liban�s. "Muitos deixavam o carro aqui e iam ao trabalho a p�. Hoje, n�o t�m mais coragem", diz.
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