Promessa para marginais vira dor de cabe�a de Doria �s v�speras da posse
A partir de janeiro do ano que vem, os motoristas que transitarem pela marginais Pinheiros e Tiet� precisar�o de aten��o redobrada para evitar multas por desrespeito a uma salada de limites m�ximos de velocidade.
A depender do trecho e at� da faixa, as m�ximas dever�o ser de 50 km/h, 60 km/h, 70 km/h, 80 km/h e 90 km/h.
Esse cen�rio de confus�o se deve � decis�o do prefeito eleito Jo�o Doria (PSDB) de reverter parte do programa de redu��o de velocidades implementado pela gest�o Fernando Haddad (PT). O que parecia simples na promessa eleitoral vem se mostrando muito mais complexo durante a atual fase de transi��o.
Na campanha, Doria disse que aumentaria as velocidades nas pistas local (de 50 km/h para 60 km/h), central (de 60 km/h para 70 km/h) e nas expressas (de 70 km/h para 90 km/h). Ap�s a elei��o, por�m, passou a matizar a pr�pria proposta, que valer� integralmente apenas em certas partes das marginais.
At� o momento, a futura administra��o n�o detalhou quais os limites m�ximos que valer�o nos diversos trechos dessas vias. Sabe-se, por exemplo, que ser� particularmente desafiador dirigir na pista local das marginais, onde a velocidade m�xima atual � de 50 km/h.
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LIMITE POR FAIXA
No cen�rio mais prov�vel at� o momento, Doria manter� apenas a faixa � direita nessa velocidade, enquanto as demais faixas dessa mesma pista ter�o limite maior, de 60 km/h.
No C�digo de Tr�nsito Brasileiro, n�o h� disciplina sobre situa��o como essa, e n�o h� registro de experi�ncia similar em via de grande porte na cidade de S�o Paulo.
A lei estabelece apenas que, quando uma pista comportar v�rias faixas no mesmo sentido, as da direita s�o destinadas ao deslocamento dos ve�culos mais lentos e de maior porte, e as da esquerda servem � ultrapassagem e ao deslocamento de ve�culos de maior velocidade.
Especialistas em tr�nsito avaliam que essa medida pode causar confus�o para os motoristas e gerar multas em casos de convers�es de faixas. Ser� preciso intensificar campanhas e implementar placas e sinais de orienta��o aos motoristas.
Ainda em rela��o �s pistas locais, a nova administra��o deseja colocar grades em cal�adas e mudar a posi��o das faixas de pedestres nos acessos a essas vias, com a justificativa de evitar atropelamentos e acidentes.
A ideia � recuar pontos de travessia dessas ruas e avenidas para lugares mais distantes das esquinas com as marginais –considerados menos perigosos pelo tucano.
Essas medidas devem fazer parte do futuro programa Marginal Segura, a ser lan�ado por Doria e sua equipe de transportes ainda neste m�s.
Marivaldo Oliveira - 19.set.16/C�digo19/Folhapress | ||
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Movimenta��o na marginal Pinheiros, no sentido bairro, pr�ximo � raia ol�mpica da USP, na zona oeste |
OUTRAS PISTAS
Na pista central, a equipe do tucano j� sinalizou que a velocidade m�xima de 70 km/h ser� reduzida para 60 km/h em alguns trechos.
Mais recentemente, em reuni�o com o Minist�rio P�blico, Doria admitiu que tamb�m poder� manter velocidades inferiores a 90 km/h em certos locais da via expressa das marginais.
O crit�rio que dever� orientar essa redu��o � a seguran�a do tr�nsito. Para evitar acidentes, o futuro programa Marginal Segura tamb�m deve contemplar a��es de fiscaliza��o para coibir a presen�a de pedestres e motocicletas nas vias expressas.
Hoje � frequente a presen�a de vendedores ambulantes nessas pistas, especialmente nos pontos de congestionamento, ficando assim mais expostos aos riscos de atropelamento.
O desafio da nova gest�o ser� conciliar esse aumento das velocidades com a queda das mortes em acidentes alcan�ada ap�s a redu��o dos limites adotada por Haddad.
Um ano depois de a medida entrar em vigor, a soma de acidentes fatais nas duas vias caiu pela metade. De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorr�ncias do tipo nos 12 meses seguintes.
Por essa raz�o, Doria tem sido criticado por especialistas e pressionado por entidades de pedestres, ciclistas e ligadas a campanhas contra viol�ncia no tr�nsito –inclusive por movimentos ligados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), seu principal cabo eleitoral.
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