Caipira, secret�rio de Doria consertou fog�o e criou neg�cio de R$ 400 mi
Escolhido para comandar as privatiza��es e concess�es da gest�o Jo�o Doria (PSDB), Wilson Poit, 58, avalia ser um grande elogio ser chamado de caipira.
Filho agricultores de caf�, o engenheiro que ser� o futuro secret�rio de Desestatiza��o e Parcerias da cidade de S�o Paulo viveu at� os 11 anos em um s�tio na zona rural de Osvaldo Cruz, no interior paulista.
Na casa de t�bua n�o havia energia el�trica. Poit viveu nos 1960 sem televis�o e geladeira e andava 4 km at� a escola mais pr�xima.
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
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O futuro secret�rio de privatiza��es, Wilson Poit |
Em 2017, est� encarregado pela gest�o Doria de vender ou conceder � iniciativa privada �reas tradicionais da capital como aut�dromo de Interlagos, est�dio do Pacaembu, complexo do Anhembi e parque Ibirapuera.
Quando Poit estava no fim da inf�ncia, os pais resolveram sair do s�tio e foram cuidar de um com�rcio na cidade pr�xima de Rin�polis, onde a m�e mora at� hoje.
Segundo Poit, foi durante a adolesc�ncia, entre os 10 mil habitantes do pacato lugar, que a veia empreendedora dele come�ou. "Trabalhei como sorveteiro, entregador de botij�o de g�s e consertador de fog�es."
Com quase 18 anos, mudou-se para a capital paulista. O objetivo era fazer cursinho. Poit entrou em engenharia na FEI e, aos finais de semana, fazia a corre��o de provas em um curso pr�-vestibular.
"Mas continuei a consertar fog�es com a minha caixa de ferramenta", relembra.
Conseguiu um est�gio e come�ou a trabalhar na extinta Refina��es de Milho Brasil. Aos 26 anos, pediu demiss�o e abriu um neg�cio.
"Tive cinco neg�cios. Nunca quebrei feio, mas sempre andava de lado, quando, aos 40 anos, tive a melhor ideia da minha vida".
Ele era engenheiro de som e precisou alugar um gerador de energia el�trica para ficar atr�s do palco. O equipamento que chegou estava sujo e fazia muito barulho. Nascia ali a Poit Energia.
A empresa se tornaria a maior do setor na Am�rica Latina em pouco mais de dez anos. O foco principal era fornecer infraestrutura el�trica tempor�ria e m�o de obra qualificada aos clientes.
Principalmente por causa das empresas de telecomunica��es –e cada antena de celular nova precisava de um gerador–, al�m do bug do mil�nio (na virada do s�culo havia um temor de que todos os computadores parariam) e do apag�o de 2001, a empresa decolou.
Poit ganhou um pr�mio de empreendedor Endeavor, uma ONG voltada para a inova��o. "Aprendi com eles a sonhar grande. A ter organiza��o, foco, fazer direito, sem atalhos e preparar sucessores. Al�m de mirar os resultados em equipe e n�o apenas de forma individual."
Em 2012, os s�cios da Poit Energia a venderam para o l�der mundial do setor por cerca de R$ 400 milh�es.
A promessa de ficar mais com a fam�lia e de ser apenas um consultor de empresas e palestrante durou um ano. Point entrou na �rea de neg�cios na gest�o Fernando Haddad (PT). Agora, diz querer aplicar sua experi�ncia privada na gest�o Doria, que conhece h� 10 anos. "O prefeito tem uma bateria muito boa", diz Poit.
Nem petista nem tucano, o futuro secret�rio � filiado ao Partido Novo. "N�o � de esquerda nem de direita. Nosso partido tem bandeiras dos dois lados. D� para atacar a desigualdade social com um Estado menor."
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