Pai de Joaquim espalha outdoors em quatro cidades em busca de acusado
Reprodu��o | ||
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, morto em Ribeir�o Preto (SP |
Ap�s o t�cnico em inform�tica Guilherme Raymo Longo confessar em uma entrevista � TV ter matado o enteado, Joaquim Ponte Marques, 3, e desaparecer, o pai do garoto espalhou outdoors em busca de seu paradeiro em quatro cidades paulistas.
O menino desapareceu de casa, em Ribeir�o Preto (a 313 km de S�o Paulo) em 5 de novembro de 2013, e seu corpo foi encontrado cinco dias depois, no rio Pardo, em Barretos (a 423 km de S�o Paulo). Al�m de Ribeir�o, os outdoors foram colocados em Barretos, S�o Carlos e Guar� e uma p�gina foi criada numa rede social.
As pe�as t�m foto de Longo, telefones para den�ncias e a frase: "Pelo amor de um pai e toda fam�lia do menino Joaquim, colabore com informa��es para que Guilherme Longo seja preso pela crueldade do crime que confessou!".
Em entrevista � TV, Longo disse que "n�o raciocinou direito" e acabou "fazendo besteira". Segundo ele, o garoto foi morto por estrangulamento e, depois, teve o corpo jogado num c�rrego, que des�gua no rio Pardo -e que levou o corpo de Joaquim a mais de 100 quil�metros de Ribeir�o.
Segundo o advogado Alexandre Durante, defensor de Artur Paes, pai de Joaquim, a ideia inicial foi do pr�prio pai do garoto assassinado, e amigos e patr�es fizeram campanha para arrecadar fundos para custear a coloca��o dos outdoors.
Para ele, a confiss�o de Longo feita � TV n�o corresponde � realidade e o objetivo do t�cnico em inform�tica foi "tirar" a m�e de Joaquim, Natalia Ponte, da cena do crime. "A maneira como ele falou que matou o Joaquim n�o se sustenta em nenhum laudo. Ficou clara a tentativa de tirar a Natalia do crime, de isent�-la de qualquer coisa", afirmou o advogado.
Longo, que est� desaparecido desde 23 de setembro, disse na entrevista que matou a crian�a de forma a "n�o machucar" Joaquim. "Eu estrangulei ele... sem... eu n�o apertei a traqueia dele n�, para n�o machucar. Eu sabia que ia machucar. Simplesmente, �... comprimi a lateral do pesco�o dele pra que ele desmaiasse sem dor. Foi r�pido. Foi coisa de dois, tr�s segundos [...] E a� ele desmaiou. Eu segurei ele por mais algum per�odo de tempo at� ele n�o esbo�ar mais rea��o", disse.
O crime foi cometido, de acordo com ele, com o objetivo de que o relacionamento com a m�e de Joaquim melhorasse. Os dois chegaram a ficar presos. Natalia obteve liberdade dias depois, para aguardar o julgamento em liberdade, enquanto Longo deixou a pris�o apenas em fevereiro do ano passado, ap�s dois anos e tr�s meses. Ele conseguiu habeas corpus sob a alega��o de excesso de prazo de deten��o sem julgamento.
Mas teria de estar em casa antes das 22h, o que n�o ocorreu desde o sumi�o. A Promotoria pediu a revoga��o da liberdade provis�ria. A Justi�a ainda n�o decidiu se ele e Nat�lia v�o a j�ri popular.
INSULINA
A vers�o do Minist�rio P�blico Estadual � a de que Longo matou o enteado, que era diab�tico, com uma alta dosagem de insulina, dentro da casa da fam�lia, no Jardim Independ�ncia, em Ribeir�o.
Ap�s a morte de Joaquim, ainda segundo a Promotoria, Longo jogou o corpo no c�rrego Tanquinho, localizado a cerca de 200 metros de onde moravam e, de l�, ele teria sido levado at� o ribeir�o Preto, afluente do rio Pardo.
Exames feitos pelo IML (Instituto M�dico Legal) descartaram que o menino tenha morrido afogado, j� que n�o havia �gua em seus pulm�es.
Longo foi denunciado por homic�dio triplamente qualificado e oculta��o de cad�ver. J� Nat�lia foi denunciada por suposta omiss�o. Ela mora em S�o Joaquim da Barra, na regi�o de Ribeir�o Preto, com os pais e um filho, fruto do relacionamento com Longo.
A defesa de Longo j� pediu exame nas v�sceras do garoto para comprovar se havia superdosagem de insulina. A defesa sempre alegou que n�o existiam provas contra o t�cnico em inform�tica.
Segundo especialistas, a insulina � metabolizada rapidamente pelo organismo, e seria dif�cil a per�cia identificar uma superdosagem da subst�ncia no corpo do garoto.
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