Reajuste da �gua no interior de S�o Paulo supera infla��o
Ao menos 2,15 milh�es de moradores de seis munic�pios do interior de SP ter�o de arcar com aumento maior que a infla��o na conta de �gua e esgoto neste come�o de 2016.
Na lista est� Campinas, terceira maior cidade do Estado, que ter� em fevereiro a terceira alta em apenas 12 meses.
Jundia�, Valinhos, Indaiatuba, Catanduva e Birigui tamb�m ter�o reajustes aplicados por prefeituras e empresas municipais de saneamento acima da infla��o de 10,67%, medida pelo IPCA em 2015.
A crise h�drica � um dos motivos da onda de aumentos das tarifas de �gua.
O esvaziamento dos mananciais levou empresas e poder p�blico a elevar gastos com capta��o e tratamento da �gua -afetado ainda pelo pre�o da energia. O faturamento tamb�m caiu devido � menor oferta de �gua.
Para os moradores atendidos pela Sabesp (estatal que abastece dois ter�os da popula��o do Estado), a tend�ncia � que a eleva��o da tarifa ocorra s� a partir de maio.
A empresa ligada � gest�o Alckmin (PSDB) diz n�o cogitar revis�o antes desse m�s.
O �ltimo reajuste da Sabesp foi feito em maio de 2015, de 15,4%, seis meses depois de um outro aumento, de 6,5%, no fim de 2014.
"H� consenso no setor de saneamento de que a �gua � barata no Brasil. Mas h� tamb�m, de modo geral, uma inefici�ncia muito grande das empresas", afirma �dison Carlos, presidente-executivo do Instituto Trata Brasil.
Para ele, "n�o faz muito sentido" aumentar tarifa quando h� cidades que perdem mais de 40% da �gua tratada nas tubula��es da rede -na m�dia do Estado, essas perdas superam 34%.
SEQU�NCIA
O reajuste pelo interior neste come�o de ano se estender� ainda a outras cidades, como Sumar� e Bom Jesus dos Perd�es, embora abaixo da infla��o. Iracem�polis e Salto devem anunciar reajustes nos pr�ximos dias.
A alta em Campinas ser� de 10,95%. A conta j� havia subido 11,98%, em fevereiro, e 15%, em agosto de 2015. A Defensoria P�blica do Estado de S�o Paulo avalia a possibilidade de ir � Justi�a se detectar aumento abusivo.
Jundia� tamb�m adotou o terceiro reajuste num per�odo de 13 meses. A alta ser� de 14,68% a partir de fevereiro.
J� em Birigui, na regi�o oeste do Estado, o aumento de 27% � o segundo em seis meses. O anterior tinha sido aplicado pela prefeitura em julho. A sequ�ncia assustou a popula��o da cidade.
Apesar dos reajustes, em Campinas 13,3% da popula��o n�o tinha coleta de esgoto em 2013, segundo o Instituto Trata Brasil, que avalia os servi�os de saneamento nos munic�pios a partir de dados do governo federal. Mesmo entre os que tinham acesso ao servi�o, apenas metade do esgoto era tratado.
Todo o esgoto produzido no im�vel da dona de casa Aparecida Generosa dos Santos, 61, moradora do Jardim Florence 2, na regi�o noroeste de Campinas, vai para o c�rrego Pi�arr�o. N�o h� coleta nem tratamento.
Ela se revoltou ao saber do novo reajuste na conta. "N�o d� mais para viver. Fica imposs�vel arrumar dinheiro para pagar tanta conta assim. N�o bastasse um, agora s�o tr�s aumentos?", disse.
REEQUIL�BRIO DOS CONTRATOS
Prefeituras e empresas de saneamento dos munic�pios paulistas alegam que o aumento da tarifa de �gua e esgoto � necess�rio para alcan�arem o reequil�brio econ�mico-financeiro.
Em Campinas, o reajuste foi solicitado pela Sanasa � AresPCJ (ag�ncia reguladora da regi�o), que analisou as contas e fixou o aumento de 10,95%. A ag�ncia afirmou que os dois aumentos do ano passado consideraram a crise h�drica e a infla��o.
No caso de Sumar�, o aumento estava previsto no contrato de concess�o. Todos os munic�pios citados, com exce��o de Catanduva e Birigui, s�o acompanhados pela AresPCJ.
Em nota, a Prefeitura de Catanduva informou que, apesar de os custos de opera��o terem superado a infla��o, optou por reajuste pr�ximo do �ndice inflacion�rio e inferior ao reajuste da energia el�trica, apontada como a maior despesa do munic�pio na presta��o do servi�o.
A Prefeitura de Birigui informou que o reajuste foi adotado ap�s an�lise que apontou insufici�ncia da tarifa para cobrir despesas e reajustes da energia el�trica. A prefeitura tamb�m disse que poder� fazer novos investimentos com a entrada de mais recursos.
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