Haddad e Alckmin decidem reajustar tarifa de �nibus, trem e metr�
O prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram reajustar as tarifas de �nibus, trens e metr� em S�o Paulo no come�o de 2016.
A Folha apurou que as passagens unit�rias v�o subir de R$ 3,50 para R$ 3,80.
O aumento de 8,6% ser� um pouco abaixo da infla��o acumulada -a previs�o do IPCA para 2015 � de 10,72%.
HIST�RICO DE REAJUSTES - Nos �nibus da capital paulista, em R$
No caso dos �nibus, j� est� definido que a nova tarifa entrar� em vigor a partir do dia 9 (s�bado). Os valores dos bilhetes �nicos mensal e semanal devem continuar congelados em R$ 140 e R$ 38, respectivamente, assim como ocorreu em janeiro deste ano.
Haddad buscou articular com Alckmin e prefeitos da regi�o metropolitana um aumento simult�neo nas tarifas de transporte, na tentativa de diluir o desgaste pol�tico. Outras cidades da Grande SP tamb�m adotar�o o reajuste.
A eleva��o das passagens ocorrer� em meio � crise econ�mica no pa�s e em ano de elei��es municipais, quando Haddad tentar� se reeleger.
O petista cogitou manter a tarifa de �nibus congelada em 2016, mas, diante do crescimento de subs�dios para bancar gratuidades e descontos e da falta de recursos do munic�pio, decidiu reajust�-la.
No caso do metr� e dos trens, a gest�o Alckmin j� considerava anteriormente que o reajuste era inevit�vel.
ESCALADA DE SUBS�DIOS - Em R$ milh�es
PROTESTOS
O �ltimo aumento ocorreu em janeiro de 2015, quando a tarifa dos �nibus (que transportam cerca de 6 milh�es de passageiros por dia) saltou de R$ 3 para R$ 3,50 ap�s ficar mais de um ano congelada.
Na ocasi�o, Alckmin tamb�m decidiu aumentar as passagens de trens e do metr� (que transporta 4 milh�es de usu�rios por dia), mas s� confirmou o valor de R$ 3,50 dias depois de Haddad.
A eleva��o da tarifa de transporte � tema delicado para a popularidade de prefeitos e governadores e ganhou preocupa��o maior ap�s os protestos de junho de 2013, que levaram Haddad e Alckmin a recuar do reajuste.
O �ltimo aumento tamb�m foi seguido de uma s�rie de manifesta��es do MPL (Movimento Passe Livre) -mas sem a dimens�o das realizadas em 2013, quando o petista e o tucano cancelaram a alta de R$ 3 para R$ 3,20.
Em 2013, num efeito cascata, as tarifas do transporte foram reduzidas em cidades de todo o pa�s, depois de os atos ganharem proje��o nacional.
SUBS�DIOS
O an�ncio do reajuste ocorre num momento em que Haddad prev� subs�dios a empresas de �nibus da ordem de R$ 1,9 bilh�o em 2015.
Pelas contas da prefeitura, sem reajustar a tarifa, os pagamentos para cobrir os custos adicionais das via��es poderiam chegar a R$ 2,3 bilh�es no ano que vem. Com a alta de R$ 0,30, estima-se que perto de R$ 500 milh�es seriam economizados em subs�dios.
A alta da passagem, assim, seria uma forma de manter equilibradas as contas municipais. At� 29 de dezembro, a arrecada��o da prefeitura estava R$ 9 bilh�es aqu�m dos R$ 51,3 bilh�es previstos. Para 2016, ela estima uma alta de 6%, inferior � infla��o.
Os subs�dios compensam a diferen�a entre o que a prefeitura arrecada com a passagem e o que, por contrato, precisa repassar �s via��es.
Alguns passageiros, como idosos e estudantes, t�m gratuidades ou descontos na tarifa, mas as empresas recebem um valor fixo para cada usu�rio, inclusive por esses.
Os subs�dios tamb�m subiram ap�s Haddad criar um passe livre estudantil para alunos de escolas p�blicas ou de baixa renda, que entrou em vigor no come�o do ano.
Segundo M�rcio Milan, economista da consultoria Tend�ncia, a alta dos �nibus na Grande SP deve impactar em 0,07 ponto percentual a infla��o oficial do pa�s, o IPCA. "N�o � uma contribui��o desprez�vel, ainda que n�o seja o item mais preocupante da infla��o neste momento."
O �nibus urbano, diz, responde por 2,6% do or�amento das fam�lias paulistanas.
Colaborou o Rio
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METR� E CPTM
O Estado tamb�m vai reajustar as tarifas do metr� e trem para R$ 3,80
OUTRAS TARIFAS
Pre�os dos bilhetes semanal e mensal dos �nibus devem ser mantidos em R$ 38 e R$ 140, respectivamente, no pr�ximo ano
ENTENDA O SUBS�DIO
> Compensam a diferen�a entre aquilo que a prefeitura arrecada com a passagem dos usu�rios e aquilo que, por contrato, precisa repassar �s via��es
> Gratuidades e descontos na tarifa s�o inclu�dos no c�lculo do subs�dio
> O passe livre para idosos e estudantes de escolas p�blicas ou de baixa renda, que entrou em vigor no come�o do ano, fez o �ndice subir
Exemplos de beneficiados
> Passe livre para estudantes da rede p�blica ou baixa renda
> Passe livre para idosos
> Ajuda tempor�ria para desempregados
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