Tr�fico cobra taxa de �gua em morros do Rio e Baixada Fluminense
Em comunidades do Rio e da Baixada Fluminense, ter �gua � uma decis�o que depende da vontade de traficantes e de milicianos.
Nesses pontos, os grupos criminosos s�o respons�veis por instalar redes clandestinas e cobrar taxas de moradores para permitir que as torneiras n�o fiquem secas.
Uma das quadrilha atua no morro S�o Jo�o, zona norte do Rio, onde h� uma UPP (Unidade de Pol�cia Pacificadora).
L�, uma rede clandestina leva �gua a todo o morro.
A data, o tempo de fornecimento e a regi�o da comunidade que receber� a �gua dependem do chamado "manobreiro" respons�vel por controlar os registros.
Ricardo Borges/Folhapress | ||
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Presidente de associa��o de moradores diz que a cobran�a de taxa � usada para manter a rede ilegal |
Cada resid�ncia paga R$ 15 pelo servi�o, e a associa��o de moradores diz que o ganho � todo investido na manuten��o da rede ilegal e no pagamento da m�o de obra.
A pol�cia investiga se traficantes lucram com o servi�o.
"N�o pod�amos ficar sem �gua esperando por uma obra que nunca chegava", afirma Jacirema da Silva Alperio, presidente da associa��o de moradores do Morro da Matriz, vizinho ao S�o Jo�o.
As duas comunidades possuem cerca de 2.000 resid�ncias, o que gera receita de R$ 30 mil com a taxa de �gua.
Na quarta (4), ao percorrer o morro, a reportagem se deparou com dois traficantes armados. A dupla expulsou a Folha da comunidade, no momento em que faziam a seguran�a da bomba de �gua.
Nas delegacias, n�o faltam relatos dessa pr�tica. Na segunda (2), a Cedae (Companhia Estadual de �gua) e a Pol�cia Civil iniciaram uma parceria para coibir as liga��es clandestinas. Em tr�s dias, houve 16 a��es em v�rios pontos da cidade.
At� agora, o programa �gua Legal, como � chamado, n�o esteve em favelas ou em conjuntos dominados por estas quadrilhas.
"Ainda estamos neste caminho da regulariza��o em algumas comunidades. Isso sempre � dif�cil para as concession�rias quando o crime est� presente, mas as UPPs possibilitam a formaliza��o", disse o presidente da Cedae, Jorge Briard. A companhia calcula que h�, no Rio, 10 mil liga��es clandestinas.
N�o � apenas o tr�fico que controla a �gua em comunidades do Rio. Milicianos s�o apontados como respons�veis por agredir moradores que n�o pagam pelo fornecimento na zona oeste ou na Baixada Fluminense.
No condom�nio Zaragoza, do Minha Casa Minha Vida, na zona oeste, policiais investigam se a receita obtida com a taxa de �gua seja destinado � mil�cia local.
"Nossa conta � alta. Ent�o, todos os moradores devem colaborar. Vamos instalar hidr�metros para ver o gasto de cada um, mas o pagamento ser� feito ao condom�nio, e n�o � Cedae", diz F�bio Alexandre, que se apresentou como representante dos moradores.
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